Portablidade
Esta palavra soa estranha e mais estranho é o que acontece com o sistema de telefonia celular no Brasil. Custa muito caro falar ao celular. E isto torna-se tão evidente quando refletimos na quantidade de promoções lançadas pelas provedoras na mídia. Pensamos, se há tanta possibilidade de dar brindes, facilidades e descontos é porque tem muita gordura a ser queimada.
O pior, no entanto, é o desconto oferecido para as chamadas dentro de uma mesma operadora, ou seja, "Claro para Claro; Tim para Tim, dentre outras. Com a tal portabilidade não temos como saber se o número para o qual vamos discar pertence à nossa provedora ou se o seu usuário mudou de prestadora, mas continuou com o mesmo número da anterior.
Temos também aqui um paradoxo, embora seja muito caro falar ao celular, o brasileiro usa e abusa deste serviço, haja vista os motoristas falando enquanto dirigem em pistas de grande movimento, os jovens, com seus moderníssimos aparelhos de celular, falando nos shoppings e nas vias públicas, só para exemplificar, pois estar ao telefone celular virou modismo.
Por que não recionalizarmos? Baixar a tarifa para um valor acessível, para tanto faça-se uma média do que é cobrado internacionalmente pelo serviço. Com esta iniciativa poderíamos utilizar o celular com mais tranquilidade e as operadoras que, na certa, estão tendo enormes lucros, ganhariam um pouco menos de cada usuário, mas teriam em contrapartida, mais clientes e poderiam diminuir suas promoções e propagandas, o que lhes traria mais dividendos.
Fica nossa modesta e isolada opinião, que em resumo, sugere clareza no valor a ser cobrado pelas operadoras, sem maquiagem e, o mais difícil, minimizar a banalização do uso do celular, fazendo dele uma ferramenta de bem estar e não objeto de luxo ou autoafirmação.