sábado, 25 de maio de 2013

I - Passante

Caminhos de Ouro Preto,
  paralelepípedos pontudos e soltos.

  Coração bate forte,  pelos arrepiam.
Saudade  de não sei onde,
 reminiscências de mineiro errante,
 sentimentos inculcados... recalcados.  

 Ao passar pela ponte dos suspiros,
 Dorothéia, a Marília, entreabriu a janela,
os cabelos negros e dentes alvos mostrou.

 Dentro desta imagem,
 Gonzaga, o Dirceu, da janela,
no alto da ladeira, sua amada observava.

 Descansando de seu rebanho pastorear.


Adalto Paceli


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Jornal que repe...rcute

O âncora apresenta as manchetes e chama um longo comercial, na volta coloca três repórteres na tela e anunciam três daquelas notícias do início. Dentro de pouco tempo, inserções de propaganda dentro do jornal, ao término destas o âncora chama novo intervalo.
No "2º bloco" um ou dois daqueles repórteres voltam com as mesmas notícias, acrescentando uma ou duas palavras dizendo que logo voltam para "repercutir". Então, entram as reclamações dos munícipes: buracos, falta d'água ... Outra inserção comercial, detalhe, um dos próprios repórteres a faz. Geralmente remédios.
Terceiro bloco, dois daqueles voltam para apresentarem as mesmas notícias acrescentando duas ou três palavras. E vêm mais inserções de propaganda e reclamações de munícipes. O âncora também fica o tempo todo repetindo as mesmas notícias, denominando isto de repercutir.
Então chamam alguém, que dizem ser especialista, para comentar as manchetes, tome mais repercussão. Estes especialistas são geralmente os mesmos e, via de regra, criticam o poder público. Em seguida, a previsão do tempo, que é dada com alegria e ênfase despropositada, aliás, a maioria dos jornais televisivos trata o boletim meteorológico como se fosse a coisa mais importante do mundo e fazem caras e bocas para apresentá-los.
Enfim, retomando o Simão da Folha, tucanaram a repetição, agora é repercussão. A única parte interessante é a inteligência de um economista famoso e culto que faz comentários profundos e instigantes, exceção feita, será que podemos chamar a isto de jornal?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Texto incompleto ... envie sua pérola que acrescento

Já dizia o saudoso Chacrinha "Quem não se comunica, se estrumbica", pois o importante na comunicação é que ela seja entendida, para isto não é preciso sobressaltar a norma de prestígio nem as variantes linguísticas, todas têm sua importância, dependendo das circunstâncias de grupos, lugar, momento, escrita ou oralidade, dentre outras.
No entanto, algumas expressões são engraçadas e nos causam uma certa estranheza ao ouvi-las e depois ajudam a aliviar as tensões do dia a dia. Aí vão algumas:
. Abri o jornal e lá estava a foto estancada!
. O prédio ficou imundado.
. Sou muito tenente a Deus.
. O oculista delatou minha pupila.
. Que coisa mais antiga, isto é do tempo do Zagalo.
. Certa vez, uma prima e amiga de minha mãe disse pra ela: "Maria, o Maramba virou bate!" Tratava-se de um clube que diziam estar ficando 'mal frequentado'. Na verdade, ela queria dizer "Maria, o Umuarama virou boate.'
. Não gosto de palavras de baixo escalão.
- Vai ter greve? Então vamos ter paralisia?
-Adoro uva paz!
- Levantei-me depressa e quase tive uma virtude.
- O Varti só quer usar aquela camisa berge!
- Leve seus documentos, se por uma aventura um guarda te parar ...
- Bete mora na casa há muitos anos, já virou usou campeão.
_ Você acredita que o Sérgio teve a cachorra de contar nosso segredo para a Célia?


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