domingo, 29 de maio de 2016

Coisinhas


Felicidade se acha em horinhas de descuido. ( Guimarães Rosa )

Chorar com uma mãe, em sala de aula, o filho espancado pelo pai.

Uma sobrinha distante em sua primeira festa de aniversário, aos 33 anos, alegre feito criança.

O garoto associar os tubos dos astronautas da Chálenger ao tubo na garganta de seu pai e acreditar que esse não morrera, mas que fora explorar estrelas. ( O leitor do trem das 6h27 )

Júlia, ao final de minha leitura sobre T'ô, a menina cega, cujo pai morrera na guerra, enxugar as lágrimas. ( Texto, Rumo ao sol ),

Alguém próximo que não consegue se libertar da cocaína e seguir sua vida dignamente.

A colega deprimida que chora com a chave da sala em sua mão por não conseguir abrir a porta.

A amiga que docilmente toma-lhe a chave, abre a porta e a conduz gentilmente para dentro.

A mulher que eu e mais 54 milhões escolheram para presidente ser colocada de escanteio por um monte de corruptos.

Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora, e é por isso que eu gosto lá de fora, porque sei que a falsidade não vigora.

Tristeza: Por que está assim, Violeta? Que borboleta morreu no jardim? ( Guilherme Almeida )

A amizade é uma espécie de amor que nunca morre.   ( Mário Quintana )

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Adalto Paceli

professorpaceli.blogspot.com

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Outrofobia



Visitando a Internet, "zapeando", vi, por acaso, esse livro e o que chamou minha atenção foi justamente o título do livro "Outrofobia". Fiquei intrigado e quis saber do que se tratava, então adquiri e li.
Alex Castro, um escritor quarentão vindo da classe média alta carioca venceu a inércia do berço de ouro e enxergou no outro um diferente, mas com direitos iguais. Combate com seu discurso e comprovações o racismo, a homofobia, o preconceito contra a mulher e o pobre, apresentando bons argumentos.
No entanto, muita vezes sua fala é um tanto agressiva, pois ele mesmo declara que não tem a intenção de afagar egos, por isso,
caso resolva lê-lo, esteja preparado para se ver em muitas situações em que você se considerava bem situado, mas na verdade, guardava um preconceito não identificado.
É polêmico ao dizer, por exemplo, que o cavalheiro é, na verdade, um machista e a mulher que é alvo dessas mesuras está em condição de submissão.
Concluindo veio-me um pensamento: "O mundo ama seu lodo e não quer que o agitemos” ( Dostoievsky ).
Aí vai outra sugestão de leitura!
Um abraço,

Adalto Paceli