domingo, 18 de dezembro de 2016



Eneida
Eneida
Tendo lido Odisseia e gostado da narrativa, quis, na sequência, ler Eneida, mesmo sem ter muitos fundamentos para esse gênero. Não imaginava, no entanto, que Eneias, o herói, viesse a ser um fugitivo do cerco, invasão e destruição de Troia. 
Tal fuga, segundo a narrativa de Virgílio, deu-se sob a proteção dos deuses que envolveram Eneias, seu filho e seu pai, dentre outros com uma nuvem ou fumaça, possibilitando a escapada e, no futuro, a continuação do povo troiano. 
Há de se destacar aqui, que o protagonista de Eneida não nos é apresentado, de início, como vencedor, ao contrário. Porém, isso não impediu que ele fosse o líder de um povo que renasce das cinzas e que, como em toda boa odisseia, passa por inúmeras provações. 
Num determinado momento, depois de terem vagado pelo mar por 7 anos, num ato de cansaço, as mulheres desse povo, incitadas por uma deusa ciumenta, protestam tentando incendiar os navios. Outra intervenção divina envia forte chuva, evitando assim a destruição total das embarcações. Pensei que puniriam as mulheres, mas Eneias tem atitude sensata e permite aos cansados e aos que não desejam continuar, ficarem naquela terra de parentes e ele segue com os que tinham sonho de refundar a nação troiana; que se dará onde hoje é a Itália, em especial Roma.
De um vencido vem a vitória!
Embora em muitos pontos hermética, com muitas descrições, muitos nomes e excessivos discursos, foi um desafio agradável ler essa obra, a qual indico, pois nos serve de base para boas leituras vindouras.
Boa leitura!

Adalto Paceli

domingo, 11 de dezembro de 2016

A vida é amável!
Dizia minha tia,
irmã de minha vó.
Mamãe isso repetia
Como um mantra.
Eu achava lindo,
Ficava reflexivo,
aos poucos acreditava,
nessa verdade que em mim se incorporava.
Aprendi aos poucos da vida gostar.
Apreciar as flores, as árvores, a água de um regato correndo.
Agora tento,
é difícil, já vou adiantar,
um palavrão de poucas letras evitar.
Essa palavrinha-palavrão é uma desmancha prazer,
pode “crê”!
Pensando bem, vou trocá-la por um
e.
Já maduro, só aumenta em mim
a vontade de viver,
sabe por quê?
Ora, porque a vida é amável,
Ninguém quer, de verdade, morrer!
Sabe quando o sol queima a pele da gente
E um não sei quê vem de dentro.
Arrepia e sem querer, a gente sente
uma coisa doida?
Isso é vontade de viver!
Então se cantarola, ri, dá uns passinhos de dança
No meio da rua.
E se vier uma fina chuva?
Hum... Viver é bom à beça.
Tá comichando, aquele palavrão quer sair.
Não! Nesse poema só vale o
e!
Os amigos, o sorriso deles?
O abraço apertado?
No olhar, a cumplicidade,
história de amor longínqua,
chamada, por convenção,
de amizade.
O gargalhar de um amigo é como
águas de uma cachoeira a descer,
respinga na gente, refresca a alma,
Faz nossa força renascer.
A vida é amável,
Dizia minha tia,
Irmã de minha vó.
Viu, consegui,
Só falei de coisas boas.
E só falei o “palavrãozinho”
e.
O outro de lado deixei.
Pensando bem, vou usá-lo,
Só vou acrescentar um
i.
O que eu quero é viver
mais
e
mais!
Adalto Paceli

Dilma


É mulher, 

mas não é mulher qualquer!

É de fibra,

É fortaleza!

Sabe o que quer.


Sabe seu lugar e não se rende à pressão,

segue seu coração!


_Mulheres, onde vocês estão?

Como podem permitir tamanha perseguição?

Cadê o senso feminino,

a delicadeza do olhar,

que não lança sequer um, mesmo de relance,

para essa mulher?


Cadê o pobre, o assalariado?

 Será que não entende?

-Meu povo, ela é mulher, é líder, foi eleita, é presidente!


-Direita, machistas, elitistas, vocês também são brasileiros.

Como permitir tal ignomínia,

extrema covardia, estúpida perseguição!?