terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rato gosta de queijo, gato gosta de leite. E você?


O filme O palhaço escapou-me no cinema, quando pude, já não estava mais em cartaz. Via fragmentos na tevê e aos poucos desinteressei-me. Estes dias, para minha sorte, peguei-o no início e pude, enfim, assisti-lo. 
A princípio, não me prendeu, não conseguia entender a tristeza mórbida do palhaço filho, mas, aos poucos, entrei na narrativa e, devagar, como gosto que as coisas aconteçam, comecei a entender o cerne da trama.
Precisamos descobrir o que nos move e nos deixa felizes, o rato gosta de queijo, o gato gosta de leite.
E você, do que é  que você gosta?
No mais, fico por aqui, caso queira saber mais assista ao filme. Ah! Mais uma coisa, você viu Central do Brasil? Singelo e belo, concorda? O Palhaço também é assim.
Abraço,
Adalto

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ainda falando sobre leituras...


     Tendo lido O Coruja, comecei Alice no país dos espelhos, legal aquele mundo paralelo da menina, eu que não consigo, às vezes, sair do prumo, que quero tudo linear, direitinho, sem poeira e penso que a vida é feita sob encomenda fiquei, a princípio, meio deslocado na leitura, mas logo entrei com tudo na viagem e agora estou super interessado.
     Alice me fez companhia neste estranhamento, ela que fica namorado o mundo refletido no espelho, ao entrar nele demorou um pouco para se familiarizar. Agora, eu leitor, fico tentando entender o que o autor está querendo dizer sem dizer ou dizendo diferente. Gostei muito do poema que a personagem Tweedlendee declama sob os protestos da garota, pensei nas fatalidades do dia-a-dia, na cultura do menos pior é o melhor possível. Caso você leia, diga pra mim qual foi sua impressão sobre esta poesia.
     E quanto à "Literatura infantil", ela existe? O que poderíamos entender por livros para criança? Quando leio com meus alunos O pequeno príncipe, A volta ao mundo em 80 dias, As aventuras de Tom Sawyer, dentre outros que grande parte dos leitores chamam de literatura infantil, deparo-me com certos trechos que já li outras vezes e que, naquele momento, chamam minha atenção por um outro prisma. Ou ainda, percebo que ainda não havia entendido aquela passagem. Enriqueço meu vocabulário, agrego valores daquela leitura ao meu mundo mental.
     Como poderia chamar esta literatura de infantil? Não, eu não posso porque o que existe é literatura, ou é, ou não é. Agora, livros para criança existem, são aqueles em que elas podem colorir ou completar, com um material especial que elas podem levar para a banheira, com aroma, dentre outros.
     Percebo, enfim, que muitos livros são colocados de lado porque muitos acham que estão fora de moda e que a criança, o adolescente ou o jovem não vão gostar. Bobagem, embarcando nesta onda estamos é reforçando o consumismo para rechear os cofres das grandes editoras. Por exemplo, Açúcar amargo e Um soco no estômago do escritor Luiz Puntel, numa primeira olhada muitos tendem a descartá-los, mas são sucessos de leitura compartilhada em sala de aula.
Literatura é literatura e ponto final!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Leitura, grande companheira

Terminei de ler O diário de Anne Frank, demorei um pouco, não é o tipo de leitura de flui, algumas vezes tive que voltar na leitura para entender ou aprofundar melhor alguns trechos e em outras tratava-se de futilidades do cotidiano da protagonista, no geral, gostei muito do livro,  isto fica claro quando fico refletindo depois.
Impressionou-me sobremaneira a clareza da narrativa de Anne  sobre sua personalidade, seus gostos e preferências, em especial, sua relação com a mãe, conflituosa e fria ao mesmo tempo. Outro fato digno de nota é a voracidade da menina nas leituras, maravilhou-me a quantidade e a variedade de livros que lia e o entusiasmo com que falava dos livros que lia à sua fictícia destinatária , a Kitty.
Sei que tudo isto seria pano de fundo e que o foco da narrativa deveria ser o horror das perseguições, do antissemitismo, da barbárie substituindo a cidadania, o estarem 8 pessoas escondidas em uma casa por mais de dois anos e, quase ao final da provação, serem delatados e quase todos mortos nos campos de concentração, entendo que tudo isto é importante, mas para mim, o interessante ficou nas entrelinhas, do dito sem dizer. Coisas de leitor esquisito.
Estou terminando O Coruja, de Aluísio Azevedo, tive que reconsiderar a boa impressão que seu início me provocou, aliada aos comentários da contracapa, pois ao avançar na leitura percebi incoerências, tive que ler trechos desinteressantes, André, o Coruja, que, a julgar pelo início e pelo título deveria ser a protagonista foi aos poucos perdendo espaço para Teobaldo, seu amigo, que, de personalidade dúbia chegou ao final do romance como personagem central. Considerando, porém o todo do livro, valeu a pena ler. Traz informações e alguns comentários que nos ajudam a ajuizar um pouco como foi a sociedade do século XIX.
Leitor ou leitora deste humilde blog, ler é o melhor remédio!
Abraço,
Professor Adalto Paceli