Leitura, grande companheira
Terminei de ler O diário de Anne Frank, demorei um pouco, não é o tipo de leitura de flui, algumas vezes tive que voltar na leitura para entender ou aprofundar melhor alguns trechos e em outras tratava-se de futilidades do cotidiano da protagonista, no geral, gostei muito do livro, isto fica claro quando fico refletindo depois.
Impressionou-me sobremaneira a clareza da narrativa de Anne sobre sua personalidade, seus gostos e preferências, em especial, sua relação com a mãe, conflituosa e fria ao mesmo tempo. Outro fato digno de nota é a voracidade da menina nas leituras, maravilhou-me a quantidade e a variedade de livros que lia e o entusiasmo com que falava dos livros que lia à sua fictícia destinatária , a Kitty.
Sei que tudo isto seria pano de fundo e que o foco da narrativa deveria ser o horror das perseguições, do antissemitismo, da barbárie substituindo a cidadania, o estarem 8 pessoas escondidas em uma casa por mais de dois anos e, quase ao final da provação, serem delatados e quase todos mortos nos campos de concentração, entendo que tudo isto é importante, mas para mim, o interessante ficou nas entrelinhas, do dito sem dizer. Coisas de leitor esquisito.
Estou terminando O Coruja, de Aluísio Azevedo, tive que reconsiderar a boa impressão que seu início me provocou, aliada aos comentários da contracapa, pois ao avançar na leitura percebi incoerências, tive que ler trechos desinteressantes, André, o Coruja, que, a julgar pelo início e pelo título deveria ser a protagonista foi aos poucos perdendo espaço para Teobaldo, seu amigo, que, de personalidade dúbia chegou ao final do romance como personagem central. Considerando, porém o todo do livro, valeu a pena ler. Traz informações e alguns comentários que nos ajudam a ajuizar um pouco como foi a sociedade do século XIX.
Leitor ou leitora deste humilde blog, ler é o melhor remédio!
Abraço,
Professor Adalto Paceli
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