domingo, 31 de março de 2013

Feliciano grita e mídia sussurra



Que as declarações e posicionamentos do Deputado Federal Feliciano são ilegítimos não há o que discutir, e que colocá-lo à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara  é absurdo, é outra verdade inconteste. Exigimos sua saída!
Agora, é preciso refletir que a mídia em geral e, em especial a tevê, alegando liberdade humorística, vêm utilizando como produto deste “humor” as minorias. Repare nos negros representados por brancos caricaturados, nos homossexuais representados com exagerados trejeitos e vocabulário, na mulher com dificuldades para entender, nos anões e gigantes infantilizados, dentre outros.
A revista Caros Amigos trouxe esclarecedora reportagem com o título Piada sem graça, que trata justamente deste pretenso humor à custa das minorias, e que infelizmente, por ser de fácil assimilação dá grande retorno de audiência para as emissoras de televisão.
A grita geral pela renúncia ou retirada, por parte do PSC, do Deputado Feliciano da referida Comissão deve continuar, pois ele permanece firme no cargo e  gostando de toda esta polêmica, pois isto alimenta seu ego e o reforça como "baluarte da moral e dos bons costumes", rendendo-lhe votos dos fundamentalistas religiosos e falsos moralistas. 
Enquanto isto, o deputado grita pontualmente e a mídia "sussurra" constantemente em nossos ouvidos seus preconceitos, amplamente defendidos na sociedade, inclusive pelos que se dizem religiosos.
Portanto, combater o preconceito que atinge as minorias, patrocinado por grandes empresas e propagado por grandes redes que receberam suas concessões do governo é tarefa árdua a exigir cidadania de cada um de nós. Cidadania que provém da boa educação de berço, da formação escolar e das justas instituições públicas ou privadas.
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Rádio Usp - Esquenta - Tribuna

Há tempos não sintonizava a Rádio Usp de Ribeirão Preto, pois estavam testando um novo sistema de Internet para a difusão do sinal. O Geraldo, um colega professor de matemática, vem continuamente elogiando esta rádio e eu pensava comigo "um dia desses preciso sintonizá-la". Fiz isto a semana passada, que maravilha! Realmente, não está mais saindo do ar e com uma programação pra ninguém botar defeito.
Sábado último, por exemplo, ouvi no  programa À beira da palavra -14h às 15 h, uma entrevista com um escritor negro. Ele falava de suas obras, do perigo da simbologia das palavras, do racismo inconsciente que nosso vocabulário traz. Lembrou algo muito singelo, a musiquinha de ninar "Boi, Boi, Boi, Boi da cara preta, pega esta menina que tem medo de careta" e cantou diferente "Boi, Boi, Boi, Boi da cara branca, pega esta menina que tem medo de carranca". Achei genial, nem sei se isto é daquele autor, mas foi bem colocado. Por que cara preta e não cara branca?
Assisto tevê pontualmente, tenho minhas preferências, uma delas é o programa de entrevistas "Provocações" com o Abujanra, outra é o Jornal das 18h com a Leilane, mas domingo último ligue na vênus prateada e lá estava a Regina Casé com o "Esquenta", já tinha assistido um pouquinho no domingo anterior e tinha gostado. Quem vejo no tudo junto e misturado? O grande Caetano Veloso interagindo com todos, sem preconceitos, cantando tudo que aparecia, sabia até alguns ritmos que a mim não agradam nem um pouco, mas aprendi faz tempo que o mundo não é feito sob encomenda. No final, A Regina leu um trecho que resumidamente dizia que as pessoas não se tocam mais, os relacionamentos são curtos e de pouca intensidade porque as pessoas não se deixam conhecer e conclui assim: vemos alguém e dizemos "um abraço", encontramos outra pessoa e dizemos "um beijo", mas não há, de verdade, nem beijos e nem abraços. Chocou-me ver o encontro dos dois papas e alguém da tevê a dizer que eles estavam se abraçando calorosamente, nem sequer se tocaram!
Tive o prazer de acompanhar um aluno do Ensino noturno de jovens e adultos ao Jornal A Tribuna, ele foi receber um prêmio pelo texto que escreveu em sala de aula e que enviei para o jornal com o fito de ser publicado. Que felicidade estampava o Sr. Roque ao receber o certificado e ser fotografado! Todos que escrevem, exceto nos diários, é claro,  querem que seus textos sejam lidos. Nestes momento eu me orgulho da minha profissão, de poder ajudar de alguma maneira no processo de leitura e escrita com autonomia. O texto dele está aqui neste blog "Quem casa quer casa".
Grande abraço ( risos ) a todos!
Adalto Paceli

sábado, 23 de março de 2013

Saudades da Minha Terra



Eu, Antenor  Rosa da Silva, venho através desta falar um pouquinho da minha historia. Nasci no dia 26 de agosto de 1975, numa cidade chamada Iturama no estado de Minas Gerais. Ali cresci e fui muito feliz por longos 14 anos.

Lembro-me da capelinha onde o padre rezava a missa todos os domingos, era um grande evento, o mais esperado da semana, pois todos nós levávamos uma merenda, uns levavam bolo, outros biscoitos, doces, sucos e até refrigerante o que era uma novidade, pois pouquíssimas casas da zona rural tinham energia elétrica, enfim, éramos muito felizes, eu, minha mãe Sebastiana, meu pai José e meu padrinho Zezão , que sempre morou com a gente.

Meus irmãos a esta altura já não moravam mais em casa, o mais velho, Nivaldo morava no estado de São Paulo, minha irmã do meio tinha se casado, então éramos só  nos quatro. Ate que um dia, por falta de opção, por não ter um trabalho fixo, onde pudesse tirar meu sustento, tive que sair de casa e vir morar na cidade grande, lembro que minha mãe falava  “olha, cuidado com as companhias, não fica na rua até tarde, obedece seu irmão, ele vai poder te orientar melhor”.

O tempo foi passando, fui ficando mais velho e passei a entender melhor a vida. Às vezes eu me perguntava por que o destino nos separa das pessoas que mais amamos. Hoje eu entendo que isso acontece para nos tornarmos seres humanos menos egoístas, menos arrogantes e um pouco mais humildes. Sábias palavras de dona Sebastiana Ribeiro da Silva, que sempre me fez trilhar o caminho do bem, é por isso que hoje estou aqui me considerando um vencedor, pelo menos no jogo da vida tenho vencido todas as batalhas e por isso posso afirmar que a família é a base de tudo.

Espero poder passar adiante todo amor e carinho que recebi dos meus pais, o  que me fez ser o homem que sou hoje aprendendo um pouco mais a cada dia com a mesma humildade de sempre. 

5ª Eja - Escola Municipal Eduardo Romualdo de Souza

sábado, 9 de março de 2013

Travessuras


Eu insisto em cantar
Diferente do que ouvi

Seja como for recomeçar

Nada há, mas há de vir
Me disseram que sonhar
Era ingênuo, e daí?

Nossa geração não quer sonhar

Pois que sonhe, a que há de vir

Eu preciso é te provar

que ainda sou o mesmo menino

Que não dorme a planejar travessuras

E fez do som da tua risada um hino.

Me disseram que sonhar

Era ingênuo, e daí?

Nossa geração não quer sonhar

Pois que sonhe, a que há de vir

Eu preciso é te provar

que ainda sou o mesmo menino

Que não dorme a planejar travessuras
E fez do som da tua risada
um hino