segunda-feira, 25 de março de 2013

Rádio Usp - Esquenta - Tribuna

Há tempos não sintonizava a Rádio Usp de Ribeirão Preto, pois estavam testando um novo sistema de Internet para a difusão do sinal. O Geraldo, um colega professor de matemática, vem continuamente elogiando esta rádio e eu pensava comigo "um dia desses preciso sintonizá-la". Fiz isto a semana passada, que maravilha! Realmente, não está mais saindo do ar e com uma programação pra ninguém botar defeito.
Sábado último, por exemplo, ouvi no  programa À beira da palavra -14h às 15 h, uma entrevista com um escritor negro. Ele falava de suas obras, do perigo da simbologia das palavras, do racismo inconsciente que nosso vocabulário traz. Lembrou algo muito singelo, a musiquinha de ninar "Boi, Boi, Boi, Boi da cara preta, pega esta menina que tem medo de careta" e cantou diferente "Boi, Boi, Boi, Boi da cara branca, pega esta menina que tem medo de carranca". Achei genial, nem sei se isto é daquele autor, mas foi bem colocado. Por que cara preta e não cara branca?
Assisto tevê pontualmente, tenho minhas preferências, uma delas é o programa de entrevistas "Provocações" com o Abujanra, outra é o Jornal das 18h com a Leilane, mas domingo último ligue na vênus prateada e lá estava a Regina Casé com o "Esquenta", já tinha assistido um pouquinho no domingo anterior e tinha gostado. Quem vejo no tudo junto e misturado? O grande Caetano Veloso interagindo com todos, sem preconceitos, cantando tudo que aparecia, sabia até alguns ritmos que a mim não agradam nem um pouco, mas aprendi faz tempo que o mundo não é feito sob encomenda. No final, A Regina leu um trecho que resumidamente dizia que as pessoas não se tocam mais, os relacionamentos são curtos e de pouca intensidade porque as pessoas não se deixam conhecer e conclui assim: vemos alguém e dizemos "um abraço", encontramos outra pessoa e dizemos "um beijo", mas não há, de verdade, nem beijos e nem abraços. Chocou-me ver o encontro dos dois papas e alguém da tevê a dizer que eles estavam se abraçando calorosamente, nem sequer se tocaram!
Tive o prazer de acompanhar um aluno do Ensino noturno de jovens e adultos ao Jornal A Tribuna, ele foi receber um prêmio pelo texto que escreveu em sala de aula e que enviei para o jornal com o fito de ser publicado. Que felicidade estampava o Sr. Roque ao receber o certificado e ser fotografado! Todos que escrevem, exceto nos diários, é claro,  querem que seus textos sejam lidos. Nestes momento eu me orgulho da minha profissão, de poder ajudar de alguma maneira no processo de leitura e escrita com autonomia. O texto dele está aqui neste blog "Quem casa quer casa".
Grande abraço ( risos ) a todos!
Adalto Paceli

Nenhum comentário:

Postar um comentário