domingo, 31 de janeiro de 2016

Eu sei o que você está pensando


Eu Sei o Que Você Está Pensando

Gurnei trabalhou 25 dos seus 47 anos como detetive e fez carreira brilhante desvendando terríveis casos de assassinatos, inclusive de crimes em séries. Madeleine, sua esposa, esperava que agora aposentado ele prestasse mais atenção nela e numa tentativa de dar novos ares ao relacionamento o convence a se mudarem para uma pequena fazenda. Mas nosso protagonista tem sua mente voltada para sua antiga profissão e isso se acentua quando recebe um telefonema e uma visita de um antigo colega de faculdade, Mark, o qual não via desde que se formara...
De tudo que esse ex-colega lhe conta, o que mais intriga é uma carta que recebeu dentre outras com poemas ameaçadores, na qual pedia que ele pensasse em um número e, em seguida abrisse um envelope menor. Para espanto de todos e, inclusive nosso, o número ali escrito era o mesmo que Mark tinha pensado. Assim, pouco a pouco nosso protagonista Gurnei, misturando seus traumas pessoais e seu casamento em crise vai entrando nesse novo e instigante mistério.
Com 339 páginas e muito bem escrito por John Verdon, que além de personagens bem construídos cria um narrador inteligente, bem humorado, com descrições, cometários e exemplos bem dosados e  interessantes. Destaco uma cena da página 171, em que Gurnei dialoga com seu colega detetive Hardwick. Esse último apresenta argumentos na tentativa de elucidar um crime, mas nosso herói, já estou incluindo você na história, contra-argumenta com mais propriedade. Nesse momento o narrador diz " Hardwick demonstra uma frustração semelhante a alguém tentando segurar as compras dentro de uma sacola rasgada", há outras cenas com espirituosas intervenções do narrador.
Então, se você estiver a fim de ler um livro ao estilo Sherlock Holmes, com uma trama, personagens e narrador bem construídos que lhe prende a atenção porque você quer saber onde a história vai dar, sugiro "Eu sei o que você está pensando".


                                                                                                                          Adalto Paceli de Oliveira

domingo, 24 de janeiro de 2016

Travis é surpreendido por Gabby, sua nova vizinha, que esbravejando vem ao seu encontro, acusando seu cão de ter invadido sua cerca e cruzado com a com sua cachorrinha. Mantendo seu equilíbrio ele consegue perceber que por trás daquela raiva, Gabby esconde outras frustrações e a partir dali, como uma faísca iniciando um incêndio, inicia-se uma paixão irresistível, no entanto, Gabby tem um namorado ...

Com um desfecho surpreendente, A escolha é um livro leve, com alguns momento de descrições exageradas e de lenta narrativa. Indicado para aqueles que querem ler algo fluido e descontraído. Trezentas páginas.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vicente Golfeto

Há pouco no Jornal da Clube:

Políticos brasileiros, nos três níveis ( municipal, estadual e federal ), independentemente de partido:
Na situação (governo): são pragmáticos ( práticos )
Na oposição: São programáticos ( idealistas )
Obs: o idealista é por nossa conta.
É estimulante termos em Ribeirão Preto um homem tão inteligente quanto esse economista e professor, Sr. Vicente Golfeto.

Adalto Paceli

professorpaceli.blogspot.com


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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ponto de impacto

Sinopse é um pequeno texto que tem como finalidade nos instigar a ler um livro, assistir a um filme, dentre outros, nos fornecendo informações elementares, mas que despertem nosso interesse. Não pode apresentar elementos que informem demais sobre a história ou tema tratado, por isso deve ser bem dosado. Ao pensar nessa definição lembro-me de uma propaganda televisiva cujo cenário é uma bilheteria de cinema com uma longa fila, nesse momento um garoto passa correndo gritando "a mocinha morre no final", diante disso metade das pessoas que estavam na fila desiste; mas o garoto volta em direção do início da fila gritando "quem matou foi o marido", aí todos desistem do filme.
Isso posto, apresento-lhes o livro Ponto de impacto, 440 páginas, em que Raquel, protagonista da trama, alta funcionária do governo americano, tem a missão de confirmar tecnicamente a descoberta feita pela NASA de vida extraterrestre. Essa confirmação alavancaria a reeleição do presidente e poderia provocar a derrocada do candidato oposicionista, que fragilizando a trama, é seu pai.
Pois bem, há leitores que fogem da ficção e alegam para tal que são pragmáticos e não querem perder tempo com invencionices. E você? Acredita que possa haver aquisição de conhecimento na ficção? Eu acredito. A verossimilhança exige um mínimo de verdade e proximidade com a realidade. Esse livro, obra de ficção, é repleto de informações, pontos de vista, questões morais, dentre outros. Ao lê-lo imaginei meus colegas de ciências e biologia, políticos, jovens que curtem ficção científica e aventura lendo. Imaginei você lendo.
Há um porém, considero que a leitura de um livro se parece com fazer amigos e conservar a amizade, explico, muitas vezes nossos amigos, por mais que gostemos deles, não nos agradam, exigem de nós muita paciência e humildade para preservamos essa amizade. Um livro, muitas vezes, no início é muito interessante, mas pode em determinado momento ficar chato, mas se perseverarmos, ele pode melhorar e nos surpreender. A isso denominamos ir fundo na leitura. Pode acontecer, assim como nos relacionamento, do livro ser uma porcaria mesmo, mas até para sabermos disso precisamos lê-lo.
Enfim, se você gosta como eu de variar suas leituras e quer uma história dinâmica e até mesmo eletrizante, aí vai mais essa dica.

Adalto Paceli

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O monge e o executivo



A julgar pelo título podemos nos levar a concluir que seja destinado a grandes empresários, gerentes ou àqueles com grande poder de decisão e comando, mas não. Esse livro é para todos, independentemente da profissão ou do cargo que ocupem, pois nos fala basicamente de relacionamentos. Uma parte interessante é quando o autor diferencia poder de autoridade, esclarecendo que o poder pode ser dado, imposto, hereditário; porém a autoridade é construída pela pessoa, é inerente ao ser humano. O roteiro é enriquecido com dinâmicas de diálogos e fechamentos feitos pelo monge, esse a que se refere o título, que foi um grande líder empresarial que, quando mais velho passa a morar num mosteiro e dá seminários sobre liderança. Já o executivo é o narrador, que em crise, resolve fazer esse seminário ou retiro de uma semana. Enquanto lia pude refletir sobre minha profissão, nas minhas deficiências e como corrigi-las. Outra parte que me interessou foi a intervenção de uma dos integrantes do retiro citando a importância de estarmos sempre estabelecendo contatos positivos com as pessoas em geral. Capítulos divididos conforme os dias do retiro, a leitura é interessante, não é doutrinador, é antes, reflexivo. Aí vai a dica!


Adalto Paceli

sábado, 2 de janeiro de 2016

Cabeça a prêmio

     Quer ler um livro que te prenda? Daqueles que você começa a ler e não quer parar mais? Então eu sugiro o livro de Marçal Aquino "Cabeça a prêmio", editora Cosac e Naif. Quando mais jovem, li um livro de Aghata Christie. Gente! Eu não conseguia largar o livro, era muito instigante. Você já viveu uma experiência assim? Olha, Cabeça a prêmio não é para puritanos, às vezes, o vocabulário é um pouco chulo, mas faz parte do universo da história, que é sobre um matador de aluguel. Não desista por considerar o tema por demais violento ou desagradável, pois são criadas situações que revelam nossas fragilidades, a ganância e, em muitas partes, os diálogos, embora à primeira vista, grosseiros, trazem em si a solidão, a carência, a importância do amor e do companheirismo. Agora o mais interessante, é de leitura rápida, são só 189 páginas, incluindo as ilustrações. 
     Já sei, quer uma palinha, não é? Brito, matador de aluguel, é o protagonista e Marlene, seu amor. Em meio a esse relacionamento há uma série de flashbacks, um jogo de cenas quase cinematográficas com inserção repentina de personagens, exigindo acuidade do leitor para não se perder nessa dinâmica. A história em si é simples, o que nos segura é essa dinâmica de cenas e personagens e a beleza singela da história. Boa leitura!

Adalto Paceli

professorpaceli.blogspot.com