quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O melhor de mim



Você acredita em amor para toda a vida? Acha possível que um amor recíproco pode ser interrompido e depois de muitos anos vir à tona? Caso sua resposta seja sim, indico a leitura do livro de Nicholas Sparks "O melhor de mim". Caso você tenha respondido não, continuo indicando, talvez ele faça você mudar de ideia.
A trama é a seguinte, Amanda é moça de uma família respeitável e Dawson não teve a mesma sorte, sua família é do balacobaco. Então você já sabe, quando os dois começam a namorar é um Deus nos acuda, os pais da moça quase têm um ataque. 
Os nossos "Romeu e Julieta", digo, Amanda e Dawson encontram em Tuck, um velho mecânico, um apoio para seus encontros às escondidas, pois este vê em Dawson bons princípios. Mas os pais da moça dão um ultimato à pobrezinha, ou deixa o rapaz ou não vai para a faculdade.
Nosso herói, enxergando longe, ou seja, a não realização pessoal de sua amada, contra a vontade dela, abre mão do relacionamento. Amanda não tem outra alternativa, vai estudar fora.
O velho amigo do casal morre e agora, vinte anos depois, os dois voltam à cidadezinha de sua juventude para a cerimônia fúnebre. Então a história continua... com um final surpreendente. Quer saber mais? Não posso contar, acho que até contei demais, pois a intenção desse texto é só aguçar sua curiosidade... Boa leitura!


Adalto Paceli

sábado, 20 de fevereiro de 2016

                                                  O HOMEM E A GALINHA

Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Pra que este luxo todo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos sorvete!
Vai que a mulher falou:
– É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
– Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Pra que este luxo de dar milho pra galinha? Ela que cate o de-comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido falou.
Aí a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha
Igreja e borracharia

Resolveu ler porque achou o título estranho! Acertei? Circulando à noitinha pelo "quase" centro de Ribeirão, precisamente entre as ruas Lafaiete e Amador Bueno, vi há pouco tempo uma pequena igreja se organizando para o início de suas atividades da noite. 
Achei estranho, porque pelo que tinha notado, ali funcionava durante o dia uma borracharia. 
Hoje, como mamãe dizia, tirei a prova dos nove. Lá estava em pleno vapor, ou pleno ar, para ser mais preciso, a tal borracharia.
Aí você já vi. né? Pintou a curiosidade, passei bem devagar para reparar melhor... Engraçado! "Cadê as cadeiras?", pensei com meus botões. E já imaginei que algum vizinho talvez as guardasse para logo mais à noite... Quanto olhei para o teto, ao lado tinha uma pequena plataforma e o que havia nela? Acertou! As cadeiras empilhadas.
Fala a verdade, é ou não é muita criatividade?


Adalto Paceli

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

2ª chance



Lindsay, tenente e protagonista tem a missão de investigar um tiroteio em frente a uma igreja, tudo levava a crer que era mais um daqueles malucos que saem atirando a esmo tentando matar o maior número possível de pessoas. Mas ao aprofundar percebe que havia um alvo previamente determinado e que o tal amalucado era um exímio atirador. Esse é o começo da trama, a detetive tem três amigas que "in off" a auxiliam a desvendar esse e uma série de outros crimes. A legista Claire, a promotora Jill e a repórter Cindy.
Bem escrito, com alguns momentos de enfraquecimento do enredo e exagero nas ações, mas que não tiram o brilho da obra como um todo, a história nos prende, com capítulos curtos que nos permitem aproveitar aqueles breves espaços em nossa rotina para dar sequência na leitura.
Na trama há espaço para sensibilidade, demonstração de amizade e carinho, traumas familiares, mas tudo bem dosado e como pano de fundo, pois o que sobressai é o estilo a la Sherlock Holmes, há um fio condutor na série de assassinatos a serem desvendados muito bem construído pelo autor.
Um detalhe chamou minha atenção: O narrador. Lindsay só é narradora quando está em cena e nos momentos em que "aparece" o assassino temos um outro narrador, pois esse tem de permanecer incógnito, obviamente. Por que chamou minha atenção? Ainda não tinha lido um romance com essa característica. Li com meus alunos em sala de aula O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle, e nesse livro, Watson ( é elementar meu caro Watson... ) é o narrador e, em nenhum momento temos o assassino em cena só para os leitores. Considerei essa sacada muito esperta, claro que isso é novidade para mim, talvez você, leitor, já tenha lido algo assim.
Enfim, pela trama, narrativa e pelo final surpreendente vale a pena ler 2ª chance.


Adalto Paceli