Lindsay, tenente e protagonista tem a missão de investigar um tiroteio em frente a uma igreja, tudo levava a crer que era mais um daqueles malucos que saem atirando a esmo tentando matar o maior número possível de pessoas. Mas ao aprofundar percebe que havia um alvo previamente determinado e que o tal amalucado era um exímio atirador. Esse é o começo da trama, a detetive tem três amigas que "in off" a auxiliam a desvendar esse e uma série de outros crimes. A legista Claire, a promotora Jill e a repórter Cindy.
Bem escrito, com alguns momentos de enfraquecimento do enredo e exagero nas ações, mas que não tiram o brilho da obra como um todo, a história nos prende, com capítulos curtos que nos permitem aproveitar aqueles breves espaços em nossa rotina para dar sequência na leitura.
Na trama há espaço para sensibilidade, demonstração de amizade e carinho, traumas familiares, mas tudo bem dosado e como pano de fundo, pois o que sobressai é o estilo a la Sherlock Holmes, há um fio condutor na série de assassinatos a serem desvendados muito bem construído pelo autor.
Um detalhe chamou minha atenção: O narrador. Lindsay só é narradora quando está em cena e nos momentos em que "aparece" o assassino temos um outro narrador, pois esse tem de permanecer incógnito, obviamente. Por que chamou minha atenção? Ainda não tinha lido um romance com essa característica. Li com meus alunos em sala de aula O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle, e nesse livro, Watson ( é elementar meu caro Watson... ) é o narrador e, em nenhum momento temos o assassino em cena só para os leitores. Considerei essa sacada muito esperta, claro que isso é novidade para mim, talvez você, leitor, já tenha lido algo assim.
Enfim, pela trama, narrativa e pelo final surpreendente vale a pena ler 2ª chance.
Adalto Paceli
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