domingo, 19 de junho de 2016

O buraco da agulha



O Buraco da Agulha

A Segunda Guerra Mundial está em seus momentos decisivos, um homem pacato vive em Londres e está acima de qualquer suspeita, sera? Na verdade, é Die Nadal, um espião da total confiança de Hitler que vive como Faber na capital inglesa. Sua missão é descobrir se realmente os Aliados têm o arsenal bélico que dizem ter.
Mas essa é só a ponta do iceberg, pois Ken Follet, escritor britânico se mostra um mestre na arte de escrever, vai do alto suspense à descrição de detalhes que o denunciam como profundo conhecedor do assunto. Alia-se a isso, a criação de personagens consistentes com situações e diálogos que nos prendem, pois há ação, honra, amor e coragem, tudo isso misturado a um eletrizante clima de mistério.
O autor desse best seller, nos apresenta vários cenários e durante a narrativa, vai alternando entre um e outro, deixando o romance dinâmico e atraente.
Aí vai a dica.



Professor Adalto - professorpaceli.blogspot.com



sábado, 11 de junho de 2016

Depois do vinho




 Baco,




Não sei onde estou
Onde fico ou aonde vou!
Se  ao Tártaro
Ou na Terra fico,
No espaço talvez ...



Mas onde encontrar quem fui?
Cadê Mariliz, aquela que tem porte de atriz
Quase minha amiga
E que agora se foi
Por caminhos que não sei.




Sei que triste ando,
 Por onde andam
Rodrigo e Fernando?
  Coração aberto, riso largo.
Sei que contemplando a vida
 Não consigo atinar
 com o que há de vir 
nesses meus cinquenta e quatro.


Oh, juventude que atravessa meus caminhos
Feito canteiros de flores e espinhos.
Por onde anda Mariliz?
Sim, a que tem porte de atriz
Que tocava piano e que parece ser feliz.
Sim, aquela que quando ao sol seu cabelo lembra mel
E que agora busca novos caminhos.

Fico aqui nesse plano, morrendo de frio nesse apartamento,
Sinceridade? Tem vezes que não aguento
Vem- me a vontade de colocar a cara na janela
E gritar aos sete ventos: 
Oh, mamãe, cadê você?
Ô maninha, cadê você?
Por que foram tão cedo?

Não quiseram esperar um café?
Que pena,  o que pensava defeito deixou saudade.
Voltem! Eu sei, ele não deixa!
Esse inimigo-amigo tempo
Que nos separa de quem amamos
E que nos ajuda a esquecer e continuar vivendo.

Restam ainda o ar, o sol, os pensamentos,
a música, meus livros, meus filhos,
os amigos sem “meus”.

Ah, e Meu Bem,
Ainda bem, por que senão,
Como continuar vivendo?

Adalto Paceli



quarta-feira, 8 de junho de 2016

O leitor do trem das 6h27


O Leitor Do Trem Das 6h27

Caso você me perguntasse como saber se um livro é ou não literatura, como fez uma colega professora, eu não daria  resposta de chofre, pois a questão é delicada por leitura ser algo muito pessoal. Há uma moderna corrente que afirma que o importante é ler, não digo que estão totalmente errados. Quantos de nós passamos a ser leitores ao travarmos contato com livros bem simplórios, ou mesmo gibis, e para os da minha geração, ih, que vergonha! fotonovelas, pronto, falei!
Há aqueles livros que nos prendem pela história, o enredo é instigante, queremos saber o que vai acontecer logo em seguida, e assim os lemos rapidamente e logo queremos ler mais um com outra história eletrizante, isso também é válido, não é? É bom ler um livro com uma história que flui. Esses são do estilo dos do Nicholas Sparks, estou lendo paralelamente com outro, um deles "Um homem de sorte", já li outros, dos quais já comentei em outros textos.
Alguns metidos a intelectuais que vivem criticando este ou aquele gênero literário, isso é preconceito, cada um lê o que quiser, uma categoria bem criticada é a dos livros de auto-ajuda, a exemplo dos do Augusto Cury, confesso que li alguns dele e foi válido.
No entanto, há uma categoria de livros que nos prendem pelo que não dizem diretamente, pelo que está nas entrelinhas, nas figuras de linguagem e que pedem que de repente paremos a leitura e digamos "Que lindo", "Isso mexeu comigo", "Também sinto essas coisas". Ou depois que lemos um capítulo, ou o livro todo, nos pegamos pensando numa coisa que foi dita ou que aconteceu na história e esses pensamentos vão nos envolvendo, misturando às vezes com outra leitura. Dentre esses estão Memórias Póstumas de Brás Cubas; Dom Casmurro; Zorba, o grego; O pequeno príncipe; Dom Quixote, dentre outros.
Gostaria de incluir nessa categoria O leitor do trem das 6h27, o autor é um francês quarentão e tipo galã - Jean Paul Didierlaurent. Um livro que, a princípio, parece despretensioso, mas é nisso que ele nos prende, pois atingir a simplicidade não é tarefa simples na arte de escrever, conta a história de Guylain, um cara pacato que trabalha numa usina de reciclagem de livros e que adora pegar às escondidas as folhas que escapam da máquina de reciclagem para lê-las em voz alta no trem que o conduz ao trabalho e os demais passageiros adoram ouvi-lo. 
Mas essa é só a ponta do iceberg, o livro entra por veredas de amizade, otimismo, fidelidade, paciência e por outros singelos caminhos que vão facilmente ganhando o coração do leitor.
Aqui vai mais essa dica.

Adalto Paceli de Oliveira