Baco,
Não sei onde estou
Onde fico ou aonde
vou!
Se ao Tártaro
Ou na Terra fico,
No espaço talvez ...
Mas onde encontrar
quem fui?
Cadê Mariliz, aquela
que tem porte de atriz
Quase minha amiga
E que agora se foi
Por caminhos que não sei.
Sei que triste ando,
Por onde andam
Rodrigo e Fernando?
Coração aberto, riso largo.
Sei que contemplando
a vida
Não consigo atinar
com o que há de vir
nesses meus cinquenta e quatro.
Oh, juventude que
atravessa meus caminhos
Feito canteiros de
flores e espinhos.
Por onde anda
Mariliz?
Sim, a que tem porte
de atriz
Que tocava piano e
que parece ser feliz.
Sim, aquela que
quando ao sol seu cabelo lembra mel
E que agora busca
novos caminhos.
Fico aqui nesse
plano, morrendo de frio nesse apartamento,
Sinceridade? Tem vezes
que não aguento
Vem- me a vontade de
colocar a cara na janela
E gritar aos sete
ventos:
Oh, mamãe, cadê você?
Ô maninha, cadê você?
Por que foram tão
cedo?
Não quiseram esperar
um café?
Que pena, o que pensava defeito deixou saudade.
Voltem! Eu sei, ele
não deixa!
Esse inimigo-amigo
tempo
Que nos separa de
quem amamos
E que nos ajuda a
esquecer e continuar vivendo.
Restam ainda o ar, o
sol, os pensamentos,
a música, meus livros, meus filhos,
os amigos sem “meus”.
Ah, e Meu Bem,
Ainda bem, por que
senão,
Como continuar
vivendo?
Adalto Paceli
Nenhum comentário:
Postar um comentário