domingo, 26 de julho de 2020

Afastamento Escolar

Nunca imaginei passar tanto tempo sem ir à escola e também nunca pensei que um dia algum vírus ia tentar destruir não só um país, mas o mundo.
Quando o Coronavírus chegou aqui no Brasil não esperava que o governo iria fechar todos os comércios e as escolas.
Está sendo muito difícil para todos nós, sem a escola nós alunos não iremos para frente, mas o governo inventou as aulas online, eu achava que ficaria mais fácil, mas não ficou, não está sendo difícil só para os alunos, está sendo difícil para os professores também.
Eu tenho dúvidas de quando vão voltar as aulas e o comércio, pois do jeito que está indo, acho que ano que vem ainda vai estar do mesmo jeito.

Luiz Felipe Nunes da Costa Pedroso – 9º C – Julho 2020

Minha Família




Eu moro com cinco pessoas: meu pai Allan, minha mãe Mari, minha tia avó Luzia, minha irmã mais velha Ana Laura e minha irmã mais nova Amanda. Eu tenho 3 peixes chamados: Dourado, Cirilo e Mostarda e um cachorro chamado Thor.
Moramos nesta casa desde que eu nasci e sou muito feliz aqui, meus pais e minha tia avó, moram aqui há mais tempo.
Todo final de semana, assistimos a séries, e já fazemos isso há um mês. Nós gostamos muito de passar um tempo sempre juntos, eu e minhas irmãs gostamos muito de brincar de Stop, pois é uma brincadeira muito divertida e só precisa de alguns papéis e canetas.
Minha irmã Amanda tem muitos anéis e adora brincar de passa anel. Ah, gostamos de brincar de zerinho, com o UNO, mas às vezes nossa mão dói quando batemos muito forte na carta.
Enfim, minha família é tudo pra mim, eu não sei o que eu faria da minha vida sem eles, eu amo muito cada um deles.


Allana Roberta – 7º A – JULHO DE 2020

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Laurice





Sim, ela era engraçada,
Tinha um jeito de falar
Umas tolices... mas era só pra gente rir
Talvez querendo dizer “estou aqui”.

E aquela mania de colocar comida no prato da gente?
Uma vez arrumou um namorado,
E ele foi lá em casa jantar,
Quando estava quase terminando,
Ela vinha com a concha ou com a escumadeira
E antes de qualquer reação do coitado,
Seu prato estava de novo lotado.
Não sei por que, mas nunca mais vi o tal namorado...

Ah, essa minha irmã...

E quando vestia ou usava um adereço diferente?
A gente olhava meio de lado, coisa de mineiro,
E ela, marota, já saía com essa:
“Última moda em Paris!”.

Era Laurinda, Laura... Pra mim, sempre Laurice.



Hoje vendo dessa distância chamada passado
Sinto que na verdade queria dar leveza
À sua... à nossa rotineira vida.

Mas, nesse poema não cabem tristezas,
Somente boas lembranças
 Por ela deixadas.

Sim, aquela que com a mãe ficou
Até anoitecer
E passados poucos anos
Foi com ela continuar a viver...

Assim se deu, pena que demoramos tanto
 Para começarmos a entender ...

Sim, gostaria muito, se pudesse ainda,
Passar da casa dela
Pruma prosa... um café.
E dizer “e aí, mana?!”

E ela de repente vir, sem eu perceber
E encher de novo minha xícara
Dizendo “só mais um pouquinho!”
Eu? Eu tomaria!

Adalto Paceli.

SEMINARISTA




SACRAMENTO FOI UM MOMENTO
QUE MARCOU MINHA VIDA
QUIS SER MISSIONÁRIO REDENTORISTA
NOS IDOS ANOS OITENTA, NÃO ME ESQUEÇO
BEM NO SEU INÍCIO
POR PASSOS PASSARAM UNS PADRES DE PRETO
O DIA TODO TINHA REZA E CONFISSÃO
O POVO FICOU MARAVILHADO
ATÉ DE MADRUGADA TINHA PROCISSÃO
EM PLENA JUVENTUDE, DEIXEI-ME CONDUZIR
PELAS PALAVRAS DE CARINHO
QUE NAQUELES DIAS OUVI.
ASSIM QUE SE FORAM, RESOLVI TAMBÉM IR
E NO JANEIRO DE OITENTA E UM
FIZ AS MALAS E PARTI
NAQUELA LINDA CIDADE, DE CARA VOU AVISAR
COLOQUEI OS PENSAMENTOS EM ORDEM
MAS NÃO CHEGUEI A ME ORDENAR.
FIZ AMIGOS, ENCONTREI PAZ,
PUDE AOS ESTUDOS DEDICAR
E AOS POUCOS ME ENCONTRAR.
CIDA, DITA E PEDRO, NA COZINHA E NO JARDIM
PADRES, IRMÃOS, COLEGAS E AMIGOS
NOVA FAMÍLIA PRA MIM.
QUANDO PENSEI “NADA MAIS ME FALTA”
UMA SURPRESA ME AGUARDAVA
FOMOS À CASA DA ORALDA.
ACOLHEU-ME DE MODO MATERNAL
E FOI LOGO ME FALANDO
DA SUA PASTORAL RURAL
ASSIM, ALÉM DA ESCOLA NA CIDADE
E DOS AFAZERES NORMAIS
ÍAMOS ÀS COMUNIDADES RURAIS.
TERMINA O ANO
E COMEÇA OITENTA E DOIS
MAS A VIDA TINHA OUTRO PLANO
OS DIAS FORAM PASSANDO
MINHA MENTE AMADURECENDO
OUTRA IDEIA FUI CRIANDO.
ENTÃO RESOLVI A PASSOS VOLTAR
MINHA FAMÍLIA DE MIM PRECISAVA
COM LÁGRIMAS DEIXEI AQUELE BENDITO LUGAR.
JÁ FAZ QUASE QUARENTA ANOS
QUE TUDO ISSO SE DEU
MAS PARECE QUE FOI ONTEM QUE TUDO ACONTECEU.
FICARAM AS LEMBRANÇAS, UM TESOURO GUARDADO
COM ALGUNS AMIGOS, TENHO CONTATO.
OBRIGADO REDENTORISTAS POR ESSE LINDO PASSADO.
A AFONSO MARIA DE LIGÓRIO,
FUNDADOR DESSA CONGREGAÇÃO
DEIXO MEU OBRIGADO, MINHA ETERNA GRATIDÃO
E AQUI UM BEIJO FICA DO FUNDO DO CORAÇÃO
PRA MINHA SEGUNDA MÃE. ORALDA
QUE DE MIM CUIDOU COM DEVOÇÃO.

ADALTO PACELI DE OLIVEIRA
JULHO DE 2020


Navegar é preciso?




De novo comigo,
Andava por aí, desvivendo.
Navegando noutros mares.

Bastam uma onda,
Um gosto diferente do meu sal,
Pra de repente querer voltar.


Voltei novamente pra mim.
Minhas velas estão sem vento.
Nem alegre... Nem triste...

Só em casa, será?

A cada retorno menos volto.
A cada partida menos saio.

Farei outras viagens, eu sei.
Bem mais tarde ou em breve.
É cíclico, sabe?


Idas e voltas nem sempre são
O que parecem ser.
Seriam um constante morrer?


Adalto Paceli