Sim,
ela era engraçada,
Tinha
um jeito de falar
Umas
tolices... mas era só pra gente rir
Talvez
querendo dizer “estou aqui”.
E
aquela mania de colocar comida no prato da gente?
Uma
vez arrumou um namorado,
E
ele foi lá em casa jantar,
Quando
estava quase terminando,
Ela
vinha com a concha ou com a escumadeira
E
antes de qualquer reação do coitado,
Seu
prato estava de novo lotado.
Não
sei por que, mas nunca mais vi o tal namorado...
Ah,
essa minha irmã...
E
quando vestia ou usava um adereço diferente?
A
gente olhava meio de lado, coisa de mineiro,
E
ela, marota, já saía com essa:
“Última
moda em Paris!”.
Era
Laurinda, Laura... Pra mim, sempre Laurice.
Hoje
vendo dessa distância chamada passado
Sinto
que na verdade queria dar leveza
À
sua... à nossa rotineira vida.
Mas,
nesse poema não cabem tristezas,
Somente
boas lembranças
Por ela deixadas.
Sim,
aquela que com a mãe ficou
Até
anoitecer
E
passados poucos anos
Foi
com ela continuar a viver...
Assim
se deu, pena que demoramos tanto
Para começarmos a entender ...
Sim,
gostaria muito, se pudesse ainda,
Passar
da casa dela
Pruma
prosa... um café.
E
dizer “e aí, mana?!”
E
ela de repente vir, sem eu perceber
E
encher de novo minha xícara
Dizendo
“só mais um pouquinho!”
Eu?
Eu tomaria!
Adalto
Paceli.
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