segunda-feira, 1 de maio de 2017

Belchior,
Eu sou também
 Um rapaz latino-americano
Sem dinheiro no banco.
Sinto solidão na estrada
Quando as paralelas dos pneus
São duas estradas nuas
Em que fujo do meu eu.
Já gritei do apartamento
Mas só o eco respondeu.
Já beijei a menina
No escuro do cinema
Quando ninguém nos via,
Pois meu coração selvagem
Tinha pressa de viver!
Implorei que alguém vivesse comigo,
Mas... não quis correr perigo.
Enfim trago sua dor, pois percebo
Que apesar de ter feito
tudo que na vida a gente faz,
Ainda sou o mesmo e
Vivo como meus ancestrais.
Você, Belchior, mais do que ninguém,
Soube cantar o que sinto,
Coisas que estão no coração,
mas não sei como dizer.
Obrigado poeta!
Adalto Paceli.

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