Conversa
vai...
Às vezes os assuntos
mudam de rumo, numa consulta médica é raro, mas indo num dia atípico quando o
Doutor está “de boa” como aconteceu comigo esta probabilidade é maior. Só
sei que foi assim...
Quando demos por nós
estávamos conversando sobre literatura, até aí tudo bem. Falei de minha
dificuldade para entender Nietzsche, sugeriu que começasse pelo Genealogia a
Moral, questionado se havia lido Zorba, o Grego, um dos meus favoritos, disse
que não...
Fomos para filmes, comentei
sobre um mexicano, Pedro Páramo, anotou, fiz um paralelo com Cem Anos de Solidão
do Gabriel Garcia Marques, ambos na NetFlix e pertencentes ao Realismo
Fantástico e releituras de livros. Até
aqui, embora estivéssemos numa consulta médica, nada de tão anormal assim, pois
médicos também não leem só assuntos diretamente ligados à sua profissão, penso
eu.
O inusitado foi quando comentei
apenas isso: “tem uma escritora de Belo Horizonte...” E o Dr. Moacir sem
pestanejar respondeu “A Carla Madeira!” E seguidamente mencionou seus três
grandes sucessos de vendas: Tudo é Rio (2014), A Natureza da Mordida (2018) e
Véspera (2023 – 14ª Ed.) Fiquei
impressionado, então conversamos sobre a qualidade excepcional da escrita dessa
escritora mineira, que mistura dor com leveza, pessimismo com otimismo nos
dramas do cotidiano.
Animado, terminada a leitura
de A Divina Comédia, amplamente comentada nesse espaço, tomei do livro,
gentilmente cedido pelo amigo Fernando e começamos a ler.
Ficam aqui as dicas.
Adalto Paceli de
Oliveira