sábado, 31 de março de 2012

Passeio no parque

     A ideia de fazer uma caminhada com os alunos até o Parque Maurílio Biagi começou no ano passado, fomos eu, a Professora Silvana de Geografia, que hoje leciona no Neusa Michelutti, e uma 8ª série. Deu tão certo que os alunos que eram da 7ª não esqueceram e neste ano pediram que fôssemos lá com eles.
     Topei, reuni-me com as Professoras Neusa e Mariliz, Ciências e Arte e montamos um projeto para irmos com as duas 8ªs da manhã.
     Parece simples, mas não é tanto assim, conduzir 50 alunos pelas ruas do bairro até o parque exige pulso e colaboração. Foi isso que aconteceu. Saímos às 7h15, chegamos  às 8h, apreciamos as obras do escultor Bassano Vaccarini, passeamos pelo parque observando a vegetação e as belas árvores e curtindo o canto dos pássaros, enfim, fizemos um passeio super divertido.
     No final, os meninos bateram uma bolinha e, o mais importante, todos conversaram, interagiram , falando dos seus problemas e sonhos. Saímos de lá às 10h25 e chegamos na escola de volta às 11h15.   
     Somos educadores em todos os momentos de nossa vida, mas fazer educação com alegria e descontração, vamos combinar, é muito mais interessante!
     Você que foi ao passeio ou que gostou e quer dar sua opinião ou novas ideias, deixe seu recado aqui.
     Abraço,
     Professor Adalto.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Resenhas

Os alunos dos 6ºs anos escreveram resenha sobre o livro que mais gostaram. Leram para a sala e escolhi algumas para publicar aqui. Boa leitura!
A amizade que existia
entre nós dois morreu,
mas do meu amor
ela nunca se esqueceu.

Renan 6º A


Se o amor matasse
muita gente morreria
e eu seria a primeira
que a morte levaria.

Larissa Moura 6º A


Como são maravilhosos
os milagres naturais:
rios brilhantes e gigantes,
flora e lindos animais.

Gustavo Cardoso Ribeiro 6º A

Quadrinhas

     Os alunos do 6º ano estão escrevendo quadrinhas, alguns as leram em sala, as turmas escolheram quatro para serem aqui publicadas. Uma já coloquei, a da Isabela. As outras estão logo acima. Boa leitura!

domingo, 25 de março de 2012

Navegar é preciso, viver não é preciso.

     Gosto dos artigos do Jefferson Cassiano, saem aos domingos no jornal A Tribuna de Ribeirão Preto. Só fiquei um bom tempo sem lê-los quando ele resolveu escrever um artigo em série, Plínio e a voz, encheu as paciências. Mas acho que  desconfiou e pôs um ponto final voltando a escrever como antes.  Voltei a ler. Hoje, Jefferson escreveu sobre o Facebook e em síntese ironizou os usuários xiitas, que mesmo quando não têm nada a dizer fazem questão de postar algum comentário sobre determinado assunto, ainda que este não lhes diga respeito ou que eles não gostem muito, mas para fazerem parte da turma dos blogueiros, viram puxa-sacos e vão lá e postam alguma coisa.
     Também abordou esta recente necessidade de estar 24 horas conectado e a todo momento entrando na rede para ver se tem alguma novidade, um acidente trágico, a morte de alguém importante, uma nova fofoca rolando. Entram no blog do fulano importante e palpitam, mandam um sms ou e-mail para a galera. Em suma, perdem  a noção do bom senso e vivem uma vida virtual. 
     Será que estas pessoas apreciam uma rosa num jardim, uma criança sorrindo, dão uma volta com o cão pela praça, ou seja, vivem também no mundo real? Tenho a impressão que muitas delas, não. Então fico intrigado, quem está dominando, o usuário ou a tecnologia? Quem é o autômato nesta história?
    Parece que estes usuários estão num grande Big Brother e  colocaram na cabeça que são um dos membros. O prêmio não é de um milhão e meio, é o da visibilidade, sair do anonimato, ficam na esperança de que alguém famoso irá ler alguma coisa que eles escreverem ou curtir algum vídeo que eles postaram e em seguida dará um retorno, os convidará para conhecer sua casa, oferecerá um emprego ou um curso gratuito, enfim alguma recompensa por estarem vinte e quatro hora no ar.
     Não vejo nada de interessante nestes exageros, aliás, nada que é demais é bom. Doce de leite todo dia enjoa. Que tal trocar esta parafernália pela leitura de um bom livro, o de papel mesmo, ainda tem muito livro tradicional a ser lido. Visitar uma livraria ou uma biblioteca é uma boa pedida, pessoalmente, se possível.
     

sexta-feira, 23 de março de 2012

Lendo e aprendendo

     Concluí a leitura do livro "A menina que roubava livros", temas que remetem ao nazismo não me atraem, mas neste romance o autor consegue de forma magistral tocar no assunto,  nas suas  trágicas consequências e deixar à mostra a horrível ferida que ainda sangra provocada por um louco chamado Hitler. Fiquei na torcida pelo beijo de Liesel em Rudy. 
     Há um bom número de leitores que criticam os romances, dizem que é fantasia e que preferem ler livros com fatos reais, pesquisados e comprovados. Eu não, pois vejo numa boa história um jeito lúdico, gostoso e intimista de tangenciar a realidade. Sim, tangenciar, porque captar a tal da realidade é uma utopia a que muitos arvoram buscar e nunca  encontram.
     Relembro aqui uma linda cena do filme "O caçador de pipas" em que o pai do jovem protagonista o apresenta a um general também afegão. Então o general comenta sobre o fato do rapaz ser um escritor e pergunta se este irá escrever sobre a invasão soviética a seu pais. Ao que ouve como resposta que aquele escreve romances, o general faz cara de desagrado e diz "Ah, é um contador de histórias!"
     Pois bem, gosto de uma boa narrativa e agora estou lendo outra e gostando muito. É do escritor Noah Gordon e tem por título "O Físico", sobre os primórdios da medicina. Um dos mestres da personagem Rob assim aconselha "Levantar às seis, almoçar às dez, jantar às cinco, para a cama às dez. Faz o homem viver dez vezes dez." E você? Gosta de ler? Qual livro marcou sua vida? Deixe um recado aqui contando pra gente.
     

quinta-feira, 22 de março de 2012

Quadrinha

Minha amizade por você
sem dúvida é muito bonita,
mas se tu me der um beijo
vai ficar infinita.

Isabela - 6º B

sábado, 10 de março de 2012

Vende-se

     Mamãe me deixou há 8 meses e não a esqueço um momento sequer. É um lembrar tranquilo que aos poucos vai deixando de ser doloroso, ou seja, está virando saudade, no melhor sentido da palavra. No entanto, de quando em vez, surgem circunstâncias, lugares, sons, fisionomias que dão um chacoalhão  na gente.
     Sempre controlada, viveu uma vida de independência financeira, deixando para nós, seus filhos, uma casa simples e que agora será vendida. Pois bem, estando este imóvel desocupado procedi sua reforma e, ao final, lá estive.
     Fui sozinho e revi em cada cômodo seu rosto, tendo morado ali, quis colocar um revestimento ou um lustre do seu gosto. Então tudo gritou sua presença que aos poucos me ensurdeceu trazendo lágrimas. Não chorei por tristeza e sim porque queria chorar, lavar meu peito e assim poder vê-la nos seus melhores dias a me sorrir e, de repente, olhar para um dos revestimentos da cozinha e dizer " Este ficou meio torto!". Mas ela sabia que nada era perfeito, que a vida é um pouco torta também e, finita.
     Depois daquela agitação, tranquei a casa e olhei para uma plaquinha de "vende-se" e, ao entrar no carro senti a porta do passageiro se abrir e ela, para meu espanto, entrar sozinha e me sorrir, meu caminho de volta foi suave, pois sua presença era leve e gostosa de se carregar.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Estou pensando em voltar...

     Faz tempo que nada escrevo aqui. Encerradas as aulas, resolvi dar um tempo. Conheci Peruíbe, fiquei num lugar super tranquilo e pude relaxar. Era praia, hotel, passeios e cama, isto por 12 dias. Passeio simples, mas é disto que eu gosto.
     Na pequena Peruíbe, o que mais me encantou, depois da praia, foram as casas. Bonitas, coloridas e com uma fachada singular. Pensei até no futuro, quem sabe depois de aposentado, mudar-me para lá, ou ter uma casinha para ficar por ali por uma boa temporada. Coisas de quem está cansado da rotina.
     De volta ao calor de minha querida Ribeirão Preto, mais um pouco de folga, agora, passado o Carnaval, com os alunos a todo vapor, é hora de trabalhar firme, fazer o que gosto, lecionar. É ótimo, aos cinquenta poder dizer, que depois de tantas andanças fixei minha âncora onde sempre queria: na sala de aula. Gosto do burburinho do aprendizado, da interação, das risadas marotas dos adolescentes e do riso contido dos adultos do curso noturno.
     Em meio a isso, estou lendo "A menina que roubava livros", um livro, para não ser prolixo, delicado. Uma leitura que flui, acalma, enternece e, por vezes, entristece.
     Um abraço,
     Adalto.