quarta-feira, 1 de julho de 2015

O diário de um menino - Aventuras


                                                                                 

A guerra do esgoto

Eu estava sozinho em casa vendo tevê e, de repente, ouvi um barulho estranho que vinha da cozinha. Fiquei assustado, não conseguia me mexer, então fiquei totalmente parado. Esperei uns minutos. De repente o barulho repetiu-se!!! Resolvi ir até a cozinha ver o que estava acontecendo.
Quando cheguei lá vi que o cano da pia que tem ligação com o esgoto tinha  rompido. A partir daí foi só desespero. Começou a sair uma coisa verde pelo cano e sair baratas, ratos, sujeira. No começo achei divertido, estava prestes a viver uma grande aventura, mas depois me arrependi de não ter ligado pra minha mãe, e pro meu pai. Aquele negócio verde meio preto ia tomando conta da casa. Então resolvi fingir que era um monstro e que eu era o salvador da pátria.
Amarrei um lençol no pescoço, para fingir que era uma capa, peguei um rodo para ser minha espada, e estava pronto para a guerra. Montei meu campo de batalha no andar de cima, antes que aquele negócio começasse a subir. Então ele veio subindo e eu com minha poderosa espada ia mandando ele de volta para baixo.
Fiquei fazendo isso até meus pais chegarem do trabalho. Quando minha mãe viu aquilo espalhado na casa inteira, ela quis me matar. Falou que eu era um irresponsável, que se eu tivesse ligado pra ela não precisaria levar um tempão para limpar tudo, nem gastar dinheiro com produtos para limpar ou até comprar alguns móveis novamente.
Como já era de se esperar fiquei de castigo, sem videogame, sem tevê, sem celular etc., por dois meses. Mas o pior castigo é que minha mãe contratou uma babá para ficar cuidando de mim enquanto ela está fora. Tentei convencer minha mãe com aquele papo que já tenho 11 anos, sou bem grandinho, sei me cuidar, meus amigos iam zoar com a minha cara, mas não adiantou nada.
Se a minha brincadeira se chamava ``A guerra do esgoto ´´, agora meu objetivo se chama ``Me livrar de uma babá´´.

                             Como livrar-se de uma babá    I

Depois de todo aquele episódio da minha brincadeira, minha mãe me obrigou a ajudá-la a limpar toda a casa. Levamos um dia inteiro para limpar toda casa, e eu ainda tive que fazer lição à noite. Além disso, o pior ainda estava por vir, minha mãe cumpriu com o que prometeu e contratou a babá, ela se chama Charlote.
Bom, minha mãe contratou a Charlote para ficar comigo de dia e de noite, até ela chegar. A babá ia me buscar na escola todo dia, então combinei com ela um disfarce  para ninguém saber que eu tinha uma babá, ela me chamava de sobrinho e eu a chamava de tia.
Depois da primeira semana de trabalho da babá eu comecei a colocar meu plano para me livrar dela em prática. Então quando ela fazia sopa eu derrubava o prato no chão e falava que era sem querer, eu levava um copo de água para o quarto e derramava na cama, e quando ela ia lá em cima, a cama estava toda molhada, Charlote perguntava por que, eu falava que eu devia ter feito xixi e ela trocava a cama.
Fiquei fazendo isso durante meses e meses, mas a “babá” era muito resistente.
Depois de um ano de trabalho, quando a minha mãe entrou de férias, ela deu férias para a Charlote.
Esse mês quem vai cuidar de mim é a minha mãe, então tive que interromper meu plano por 1 mês .
Mas quando Charlote voltar de férias ela não sabe o que espera por ela... KKKKK...

                                               Se livrar de uma babá   II 

Hoje a Charlote volta de férias, e meu plano já está pronto para ser executado.
Sete horas da manhã, de repente ding-dong, era a Charlote voltando de férias. Logo no primeiro dia de trabalho depois das férias da babá, de propósito comi ovo com salsicha e tomei leite com chocolate e, antes de sair, tomei Coca-Cola e água. Quando saímos, saí correndo e pulando antes dela. A uns dois quarteirões antes da escola parei e falei para ela que minha barriga estava doendo, ela mandou-me sentar um pouco no banco e esperar parar de doer. Sentou-se ao meu lado e falou para eu me deitar em seu colo. Eu me deitei e, como planejado, vomitei no colo dela. Foi muito engraçada a reação dela.
Eu fiquei irritando ela durante cinco meses, só que resolvi parar. Antes que perguntem por que, respondo: eu parei porque a Charlote é uma boa pessoa, legal, companheira e ótima cozinheira (a comida dela é uma delicia).
Então depois de um ano e seis meses, resolvi aceitar minha babá. Agora eu e Charlote somos amigos fiéis e ela é minha babá preferida.
Eu adoro a minha babá, mas não deixamos de lado o lance de tia e sobrinho, por enquanto...

                                                 Júlia Mirandola - 6º B

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