Você é como eu? Quando lê, assiste ou curte algo muito interessante fica com muita vontade de compartilhar com alguém? Pois é, sou assim. Pelo título já deu pra perceber que o papo é filosofia...
Espere aí, não me deixe sozinho nesse texto, vamos conversar.
Dessa vez quero dividir com você minhas últimas leituras, é que falaram muito de dois escritores, Clóvis de Barros Filho e Júlio Pompeu, disseram que fazem ótimas palestras ou pra ser mais chique "seminários" e deram entrevistas na tevê.
Pois bem, li "A filosofia explica grandes questões da humanidade", e não é que pelo jeito que eles escrevem explica mesmo! Nós, certamente, já lemos sobre muitos filósofos, daqueles antigos gregos, Platão, Aristóteles e Sócrates; depois, uma série deles: Rosseau, Pestalozzi, Schopenhauer, Nietzche, dentre outros. Como não sou um estudioso e apenas curioso, muitas vezes não consigo entender muito bem o que esses caras estão querendo dizer, mas com esse livro algo diferente se deu.
A obra é composta por oito capítulos, os quatro primeiros mais a introdução escritos pelo Clóvis e os quatro restantes pelo Júlio, percebeu a intimidade? Logo no início, o assunto é ética e moral, segundo o autor e no que concordo, às vezes uma se confunde com a outra, mas para elucidar, ele explica com um exemplo, a ética é nossa boa atitude diária e moral são as decisões pontuais que precisamos tomar, mais marcantes, por exemplo, um colega de trabalho está lesando a empresa e decido denunciá-lo, isso seria um ato moral. Conversando com meu amigo Fernando, ele acrescentou outra diferenciação, moral pode mudar e está ligada aos costumes; já a ética não muda, independente do lugar e da época, por exemplo, roubar, é e sempre foi um ato errado em todos os lugares.
Para aprofundar um pouco mais sobre ética, li da coleção primeiros passos, o livro O que é ética, de Álvaro L. M. Valls e foi esclarecedor.
Sabe, essas questões sobre a vida que num momento ou noutro vêm à nossa mente? De onde vim? O que estou fazendo aqui? Para onde vou? O que é justiça? O que é virtude? A Filosofia nos auxilia a compreendê-las melhor, só que é necessário ir aos textos, esse lance de ficarmos colecionando pensamentos, lendo superficialmente na internet um punhado de informações, as tais janelas que vamos abrindo e quando damos por nós, nossa casa está cheia é de pernilongos, são válidos, é claro. Mas nada substitui a leitura do livro, mastigando as palavras, voltando à página anterior quando não entendemos, isso é ler com autonomia.
Para encerrar vou lhe confessar que já tentei ser chique lendo Nietzsche, lia, lia e não entendia seus escritos, cheguei a ganhar alguns livros desse autor. Mas ao terminar a leitura de " A filosofia explica grandes questões da humanidade, o autor indicou o livro Genealogia da moral, se você adivinhar quem escreveu esse livro eu lhe dou um doce... é o próprio, Nietzche e ao dar uma olhadinha no tal livro, é dos que ganhei de presente... o autor diz assim: "Se esse livro resultar incompreensível para alguém, ou dissonante aos seus ouvidos, a culpa, quero crer, não será necessariamente minha..." e conclui " É certo que, a praticar desse modo a leitura como arte, faz-se preciso algo que precisamente em nossos dias está bem esquecido - e que exigirá tempo, até que minhas obras sejam 'legíveis' -, para o qual é imprescindível ser quase uma vaca, e não um 'homem moderno': o ruminar..."
Bom, se o próprio Nietzche se considera difícil de ler, até que eu não estou tão mal assim. Começo hoje a lê-lo, sou corajoso!
Adalto Paceli
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