sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Can I help you?

     Fernando que era Álvaro
na sua ode triunfal descreveu
um mundo de máquinas
de velocidade sem igual.

Mundo de quase cem anos atrás
um Portugal, uma Europa
de carros, muito trânsito
e um barulho infernal.

Um continente recheado de corrupçâo
gente à margem de um sistema
protegendo os escolhidos
como se isso fosse normal.

Campos, o mesmo Álvaro em pessoa
é ácido, irônico e descrente.
A realiade em nada é diferente
neste Brasil que já foi de Portugal.

Vi na tevê um fragmento da nossa ode triunfal,
pessoas à beira da estrada, ao lado estendida uma placa
"preciso de ajuda!"
Pensei,  no meu confortável sofá: Que ideia original!

Adalto Paceli

domingo, 18 de dezembro de 2011

E-mail e torpedos

     Hoje, sem dúvida, temos melhores condições de vida. Casas bem construídas, uma série de eletrodomésticos, passeios, boa alimentação e um carro. Falo de nós, pobres. Os ricos sempre tiveram tudo isto, é certo que alguns por avareza, levam vida de miseráveis, mas esta é uma outra história. Há, no entanto, areia nesta engrenagem.
     Os trabalhadores, em geral, de vinte ou quinze anos atrás quando deixavam o tabalho ao final do dia, com raríssimas exceções, não eram incomodados em casa ou no barzinho no happy hour. Iam pra casa, tomavam seu banho tranquilo, pelo menos os mais asseados, jantavam, assistiam tevê com a família e iam dormir. Só lembravam do trabalho quando nele chegavam. Os finais de semana e feriados eram mais tranquilos ainda, nem em sonho imaginavam receber uma ligação do patrão ou um telegrama sobre problemas no trabalho.
     Aí chegou o celular, primeira camada de areia na engrenagem da tranquilidade, o pobre coitado começou a ser localizado nos locais menos prováveis, da igreja ao motel, quebrando toda sensação de descanso. O cara, numa boa, na mesa de um bar e, de repente, o celular toca, ele atende e, sem um boa-noite, "Venha pro escritório agora, precisamos conferir o estoque!".
     Com o telefone celular, num mesmo pacote de presente, vieram as mensagens, "onde você colocou a nota fiscal da dona Isabel?" "Qual a senha para acessar o cadastro dos clientes de Bauru?". O funcionário, agora chique porque tem um celular, trabalha sem perceber e, o pior, sem nada a mais receber.
     Então veio o pior, um tal de e-mail, o sofredor está em casa brincando com o filho de cavalinho, os pais ainda brincam assim? Imaginemos que sim, pode ser? Pois bem, no meio da risada gostosa do filhão um apito vindo do notebook. Fazer o quê, põe a criança no sofá, abre seu e-mail e naquela tarde de domingo lê "Sérgio, faça um relatório sobre o expediente de ontem aqui na loja e me envie em uma hora, o Dr. Eduardo precisa destas informações com urgência, pois considerou o faturamento fraco e estuda a possiblidade de despedir alguns funcionários!".
     Agora o fechamento com chave de ouro, o celular, a mensagem, o e-mail, por incrível que pareça, são sinônimos de status, o trabalhador sente-se importante utilizando-os, não tem, na maioria das vezes, consciência, que na verdade está trabalhando mais, não descansa, dá mais lucro para o patrão e não recebe nada a mais por isso.
     Enfim, até que acordemos estaremos em um novo ciclo de exploração de mão de obra, com cara moderna, mas com evidentes sinais de subserviência e de trabalho escravo. Quem poderá nos salvar? Poderá a nossa célere justiça regulamentar esta nova relação de trabalho? Como poderemos ser salvos, se o inferno das modernas tecnologias nos aprisiona em suas teias disfarçadas de tecnologia do futuro?

Adalto Paceli

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Colação de Grau

     Ontem na escola foi dia de festa, formatura das oitavas séries, cheguei e fiquei conversando com alguns colegas, observando o alvoroço. Risos nervosos, fila pra pegar a beca, arrumações de última hora, grupinhos aqui e ali no pátio, convidados indo para o local da cerimônia, a quadra.
     Lá, apesar do calor, mesa bem posta, bandeiras, convidados sentados aguardado e o costumeiro atraso. Hino, homenagens de praxe, entrega de lembranças e de certificados , encerramento.
     Gostaram do resumo? É claro que não! Isto todos vemos, é o ordinário. Há, porém, alguns refinamentos que talvez escapem para a maioria. Pois é, vamos conversar sobre isto?
     Vi olhos brilhantes e lacrimosos, mãos trêmulas e suadas. Ouvi vozes gaguejantes e entrecortadas. Senti nos abraços corações descompassados. Percebi passos trôpegos e vacilantes. Mas, eles não são os nossos jovenzinhos com pilha duracell? É que, embora jovens, sentem medo, saudade, cansaço, apenas disfarçam tudo isso com a fantasia da juventude.
     Foi assim que traduzi em meu íntimo aqueles momentos, sublimes, mágicos, irreversíveis, gravados no meu coração e fiquei monologando, lembrando dos outros alunos que já se foram. Lá mesmo encontrei alguns. Veio à minha mente a Adélia Prado "A coisa mais fina do mundo é o sentimento".
     Não senti tristeza, sou por natureza melancólico. Experimentei enlevo, suavidade, uma sensação gostosa de bem estar, de satisfação por ser professor e uma carícia suave que chegava pelos sorrisos e gestos daqueles que há bem pouco tempo eram tão crianças e agora iam pra vida, eram retirados, pela imposição da vida, do nosso convívio. Despedi-me de todos intimamente e agora tento esvaziar um pedaço do meu coração para receber aqueles outros que em breve virão.


Adalto Paceli    

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dia Internacional Contra a Corrupção

     Dia nove de novembro, Dia Internacional Contra a Corrupção, achei interessante, pois é uma oportunidade para refletirmos sobre este terrível mal que devasta nossas instituições desde quando Cabral por aqui aportou. Há, porém, uma outra perversidade que possibilita a perpetuação dessa chaga. É o conchavo, a arte de se protegerem mutuamente, de colocar a sujeira embaixo do tapete. Só que a sujeira foi se acumulando e ultimamente não era possível nem mesmo limpar o "caminho do padre" como dizem os mineiros.
     Daí, a leva de ministros demitidos, a imensa quantidade de operações da Polícia Federal, as filmagens de políticos aceitando propina, dentre outros. O que podemos pensar sobre isto? A corrupção é maior hoje ou, não sendo mais possível escondê-la, ela aparece por todo canto da nação?
     Há pouco tempo, a eleição era no papel e tínhamos de esperar dias e dias para saber o "resultado", acompanhávamos pela telinha e em um canal com melhor "sintonia", a escola era para alguns privilegiados, dentre outras precariedades. Não significa que tudo melhorou, quero chegar na Internet, nas filmagens pelo celular, no cidadão que agora escolhe a notícia e o horário que quer vê-la.
     A corrupção não é menor nem maior, deixou apenas de ser transparente e hoje, para desespero de alguns, é escancarada, e sendo assim, já não dá mais para nossos governantes fingirem que não a veem. Isto é ótimo, sabemos que é pouco, mas já é um bom começo.
     Nas últimas eleições fiz uma coisa simples, anotei num papelzinho o nome e o cargo das pessoas para quem votei, guardei e de vez em quando dou uma olhadinha e digo " este está aprovado, aquele não, esta nem cheira nem fede". Simples, não? Assim, nas próximas eleições já sei me conduzir melhor, sabendo ao menos se meu candidado é honesto.
     Enfim, embora muitos não sejam punidos, pois infelizmente e por motivos que não vou tentar explicar, nossa justiça é muito lenta e nossa legislação é cheia de brechas que permitem recursos, veja o "Ficha Limpa", temos a nosso favor os meios de comunicação, ainda precários, porém mais variados e temos acima de tudo, a Internet e um pedacinho de papel onde podemos anotar o nome de nossos eleitos, ratificando ou excluindo seus nomes para uma nova eleição.

Adalto Paceli

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fim de ano

     Limpo as gavetas, rasgo papéis.
monto uma pequenina árvore,
coloco alguns cartões
entre o menino Jesus.

Lembro como foi no ano passado
e repito a rotina da tradição.
Troco fotos do porta-retratos
guardo lembrancinhas num baú.

Os enfeites dos shoppings,
a criança sentada no colo do papai noel,
o pai tirando foto e a mãe fazendo gestos,
brinco de amigo secreto.

Acerto e enfeito os diários
numa sala deserta e alunos imaginários.
Esvazio e limpam o armário,
sou alérgico a poeira.

Será que meus filhos
vão passar um dia comigo
neste outro fim de ano?

Quem  sabe darão tréguas
e os deixarão decidir,
seus amigos perguntam por eles no condomínio.

No último dia do ano assisto um pouco de tevê,
faço um balanço do que foi possível viver
nestas cinco décadas de amanhecer e anoitecer.

Tudo igual, triste e solitário?
Prefiro tudo real, analisado e bem pesado,
falando demais mesmo estando por dentro calado.

Adalto Paceli

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mãe





Não é fácil compreender

O coração de uma pessoa

Que diz “não quero mais te ver”

E daqui a pouco tudo perdoa.


 
Trabalha sem esmorecer

Em casa, fora, nunca está à toa.

Arruma um tempo pra tevê,

Se um filho grita, larga a novela numa boa...


 
Sendo jovem, nem tudo consegue entender,

Qualquer coisa a magoa.

Por vezes fica perdida, tanta coisa a fazer!

Assustada sempre diz:  “Como o tempo voa!”


 
A de meia idade, no seu entardecer,

Sente que o tempo pelo ralo escoa.

Vê o filho tão rápido crescer,

Fazendo suas próprias escolhas.


 

 
Mamãe idosa, nem se viu envelhecer,

Seu filho já grisalho chama de meu garoto,

Repete histórias, “causos” sem perceber,

Ele, se paciente, escuta como se tudo fosse novo.


 
Mãe que se foi. O filho nunca vai esquecer

A saudade, que de início atordoa,

Do seu rosto, sua voz... seu jeito de ser,

Aos poucos se transforma em amena dor.



Mãezinha, mamãe, mãe...

Hoje, amanhã, sempre...

Imagem, tradução, encarnação

Do único e verdadeiro

Amor.





                                                         Adalto Paceli


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amigos



“O que é a amizade?”

Pergunto-me na solidão,

Pois, quem amo sempre parte,

Às vezes sem aperto de mão.







Porém, para minha felicidade,

Os amigos que comigo estão,

Sendo livres como pássaros,

Aquecem-me o coração.







Gaiolas transformam o canto

Em torturante e triste lamento

Só tenho amigos quando,







Ainda que por um breve momento,

Podem comigo dividir riso e pranto

E seguirem suas vidas vivendo.









                                                          Adalto Paceli








domingo, 27 de novembro de 2011

Convite

Caros leitores,

Fico feliz quando acesso este blog e vejo que vocês estão lendo os textos, gostaria que enviassem o que escrevem, pode ser um poema, uma narrativa, um artigo de opinião, um recado, uma frase de efeito, dentre outros. Caso prefiram, enviem para meu e-mail que eu mesmo posto aqui: piopaceli@ig.com.br
Um abraço,

Adalto Paceli

domingo, 20 de novembro de 2011

Coisas de adolescente

Coisas de adolescente





Aquela garota sentia

Um friozinho lhe percorrer

Toda vez que aquele jovem

Disfarçada podia ver.





Um dia tomou coragem,

Fingindo ser sem querer

Deixou o celular cair

Só pra ele a perceber.





O jovem tão distraído

Quando por ela passou

Aquele objeto nem notou.





Ela, muito sem jeito,

O aparelho foi pegar

E para seu espanto

Sentiu o celular vibrar.





Ouviu um risinho

No fundo do corredor

E no aparelho a mensagem:

“Não foi desta vez, meu amor!”





                               Adalto Paceli




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Papo de sogra





      Lá estava eu, mais uma vez entediado, numa tarde quente de domingo, sentado ao lado de uma estranha no shopping, enquanto minha cara metade fazia compras na loja em frente.
     Subitamente ela me pergunta se eu tenho sogra. Estranhei, mas como estava à toa respondi que sim. Então ela continuou:
     _ Você acha correto minha nora brigar comigo só porque faço questão de dormir no quarto da minha neta? Custa a menina dormir alguns dias no quarto de hóspedes? Afinal, eu sou a mãe do marido dela, tenho meus direitos, concorda?
     Não sabia o que responder, nunca vivi uma situação como esta, pois minha sogra é uma mãe pra mim, ou quase, digamos que ela é gente boa, sem exageros, não é?
     Mas eu tinha de me posicionar, a mulher olhava fixamente pra mim, então falei:
     _ A senhora sabe qual é a distância ideal pra se morar da casa da sogra? É a em que não se possa ir de chinelos ou que não seja necessário levar malas.
     A tal sogra indignou-se, mas quando ia revidar, para minha sorte, minha esposa chegou carregada de sacolas e pude polidamente dizer:
     _ Até logo, foi um prazer.


Adalto Paceli

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Que bom seria!

Que bom seria se não acabasse um dia
a infância de um menino.
Pureza nos olhos, coração destemido
e pés descalços na rua a brincar
contente na chuva a se molhar.


Correndo sem rumo e sem pressa de acabar,
bolinha de gude, pique-pega e pião de montão.
Ainda nos lábios, o sabor de bala, algodão doce
e guaraná...
Ah, que bom seria se esta infância voltasse um dia,
que bom seria...



Wellington José Vieira
5ª Série da EJA

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Declaração de bens

                               

Noite de domingo.

Tenho algumas possibilidades,

Posso escolher...

Ficar quieto, pensar no filme que vi,

A casa na Areia.



Naquela mulher

Que quis partir,

Mas não pode. Depois não quis.

Queria sair e fugir.

Ficou e desistiu.

Essa mulher, uma outra pode ser...

Uma amiga doente

Que não quer me dizer.



A da casa é de mentirinha,

Minha amiga não,

Gostaria que de mentira fosse

O mal que a definha.



Minhas possibilidades?

Ah, um amigo está em lua de mel,

Ligo, ligo e ninguém atende,

Entende?



Parei a poesia, era ele ao telefone,

Acho que adivinhou

Que estava me sentindo só,

Neste apartamento cheio de pó.



Taí ...

 Vou dar uma geral,

Tirar a poeira.

Mas...

A mulher da casa na areia?

 Minha amiga?  Lua de mel?

Quimioterapia?

Deus, que anarquia!



Se tivesse coragem pularia da vida,

Minha amiga é velha, eu também.

Ela não me liga, é forte,

Tem fé esta mulher.

Meu amigo colocou-me numa gaveta,

Só acha a chave quando quer.



Arrumei uma tosse, ando dizendo que é alérgica.

Quantas coisas tenho!

Amigo, amiga, pó, alergia...

Vou dormir, amanhã é outro dia.

                                                                                                  Adalto Paceli

domingo, 30 de outubro de 2011

Novo tempo ou revanchismo?




     Um tema que parece ter ocupado de vez um respeitável espaço na mídia e promete muita polêmica é, sem dúvida, a corrupção.

     O partido dos trabalhadores, tido como representante das vozes menos ouvidas no país, dos trabalhadores e da gente simples do povo, mostra à nação sua outra face, menos agradável às vistas dos ingênuos que acreditavam pudesse haver um partido político ou instituição incorruptível .

     A pergunta que paira sobre nossas cabeças é: trata-se de um novo tempo para o Brasil? Se a resposta for afirmativa e vier de amplos e representativos setores da sociedade, não haverá dúvidas – o nosso país está melhorando e temos uma ótima oportunidade de mudanças na visão do que seja o bem público e como administrá-lo e distribuí-lo com justiça.

     No entanto, e isto não será novidade, se for apenas um revanchismo dos diversos “porta-vozes da sociedade”, a exemplo, do Congresso Nacional e de outros poderes constituídos. Se o que move e faz girar com uma velocidade poucas vezes vista esta grande roda, que à primeira vista nos dá a impressão de ser a paladina da verdade e da justiça, for apenas a intenção de comprovar uma determinada tese, então nada disso terá valido a pena.

     E que tese seria esta? Ora! Que o Partido dos trabalhadores é corrupto e que é um partido como os outros, como afirma um famoso âncora de um telejornal. O mais triste, se comprovada a referida tese e alternado o poder central, tudo voltar ao “normal”,  porque então quem estará no comando é apenas mais um partido político, tudo terá sido em vão e a corrupção continuará a ser regra e não, exceção.

Adalto Paceli


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Autobiografia VII



Eu, José Roberto Pereira, nascido em 05 de abril de 1973, natural de Ribeirão Preto, distrito de Bonfim Paulista, sou de uma família de oito irmãos, muito simples e humilde, eu sou o quinto deles.

Minha infância foi muito difícil, pois nós morávamos em um barraco feito de tábua e plástico, não tinha esgoto nem água encanada. Eu trabalho desde meus onze anos de idade, comecei na roça com meu pai. Fomos batalhando até conseguir construir uma casa de tijolo, fiquei feliz e ao mesmo tempo triste, porque nesse mesmo tempo perdi minha mãe que foi morar com Deus.

Aos quinze anos fui morar sozinho, nesse tempo, fiz amizade com umas más companhias e quase fui pro caminho errado, mas eu sempre tive e tenho Deus no coração, por isso Ele colocou uma pessoa muito especial na minha vida, que é a minha esposa. Ela se chama Alessandra, temos dois filhos maravilhosos, Alan e Daiane.

Antes desses dois filhos eu tive um terceiro, Leonardo, que é o mais velho. Minha esposa o tem como se fosse o seu próprio filho. Hoje, com trinta e oito anos, voltei a estudar e estou muito feliz. Fiz novas amizades e pretendo terminar os meus estudos e me formar para eletricista, que é o que eu gosto de fazer. Eu já me sinto realizado, pois minha família é uma bênção de Deus.

5ª Série - EJA - Cemei Eduardo Romualdo de Souza.


Lenda I - O Resgate da menina voadora

Lenda I - O resgate da menina voadora



Era uma vez uma linda menina que se chamava Florisbela, ela não era uma menina qualquer, pois ao invés de braços, tinha asas. Vivia em uma linda floresta, que se chamava "Floresta Encantada".

Florisbela adorava voar por todas a floresta para ver seus amigos, mas sabia que não podia voar a noite, já que na mesma floresta morava o terrível lobisomem e ele só saía de sua toca à noite.

Só que durante um banho de cachoeira, distraiu-se e não viu o sol se pôr. Saiu correndo da água e pensou " Tenho que ir embora muito rápido, o lobisomem está para sair de sua toca". Não deu tempo, o lobisomem a pegou e levou-a para sua toca.

Perto da cachoeira havia uma árvore falante que viu tudo. Ela reuniu toda a bicharada da floresta para resgatar Florisbela. Foi cada bicho para um lado, uns pelos rios, outros pelo topo das árvores e, a grande maioria, floresta a dentro.

Até  que uma das onças achou a toca do Lobisomem. Chamou os outros e todos juntos entraram na toca e foram pra cima do lobisomem, só que de repente, ele sumiu feito pó.

Então eles foram procurar Florisbela, a encontraram amarrada em um tronco. Desamaram-na e saíram dali correndo. Quando chegaram na Foresta Encantada ficaram aliviados, já que acharam que tinham matado o lobisomem.

Então ouviram uma voz do além " Seus tolos, não podem me matar, eu voltarei, eu voltarei..."





Mauricéia Simone Leite – Sexta série – EJA

Cemei Eduardo Romualdo de Souza


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Autobiografia VI

Eu, Roberto Carlos Muniz, nasci na cidade de Barretos, estado de São Paulo, no dia 28 de março de 1966. Saí de Barretos em vim para Ribeirão Preto tentar uma vida melhor para mim e minha família.
Hoje estou muito feliz porque voltei a estudar, na minha vida tive muitas dificuldades, mas nunca desisti de procurar realizar meus sonhos, agora tenho a minha profissão de pintor e gosto muito, porque com ela consegui ter as minhas coisas com dignidade.
Eu adoro Ribeirão Preto porque me deu muitas oportunidades, e a principal foi conhecer Jesus. Eu e minha família servimos ao Senhor. A felicidade que estamos passando é um presente de Deus para nós, porque Ele nos ama muito e supre as nossa dificuldades e quem precisar da nossa ajuda, estamos preparados para ajudar.
http://www.4shared.com/audio/4vVwXr6p/1_online.html

domingo, 16 de outubro de 2011

Ah, Minas Gerais!

Chão de Minas dos tempos antigos,

gente que ama de um jeito

rude, calado e sofrido!



Julho de 37, roça e vila,

vendeiro com mulher rezadeira,

nasce outra Maria.



Ah, Minas Gerais,

quantas  Marias a esta iguais!



Corre e  dança nos bailes,

estuda e visita as tias,

pisa e repisa o chão de Minas.



Sofre vendo a mãe correr

e na lama do quintal

recolher o que sobrou



Da massa que preparou,

mas que o pai furioso

ao chão atirou.



Ah, Minas Gerais,

Quantas Marias a estas iguais!



Falar da vida é dizer

que ela passa,

a tal moça se casa.



Com os filhos, na rotina, alguma alegria

e a liberdade por conquistar.

O primeiro foi seu pai.



O segundo, um marido beberrão,

o terceiro era do tipo mandão.

Assim, depressa o tempo esvai.



Ah, Minas Gerais,

quantas Marias a esta iguais!





Nas ruas das Gerais

continua a pisar, todos se foram,

segue sozinha a vagar.



Marido há muito não tem,

os filhos a Minas já não vêm.

Sente a velhice a chegar.



A velha casa vende,

um filho pra longe dali,

Maria vai levar.



Nas contas do rosário desfia

cinco invernos bem rezados

nas terra de São Paulo.





Num junho, treze é o dia,

sua conta derradeira

a mineira acaba de rezar.



Ah, Minas não mais,

outra Maria se vai!


Adalto Paceli



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Autobiografia V


 

Eu, Ivanete, nasci em Minas Gerais, em 12/10/69 e me casei aos 19 anos, em Vilhena, Rondônia, com um jovem ribeirãopretano e vim morar aqui.

Fui mãe aos 21 anos de idade e tive um lindo garoto que se chama Deivid. Tenho um único filho, do qual tenho muito orgulho. Muito estudioso, não me decepcionou, nunca reprovou de série. Ele está com 20 anos e cursando o terceiro ano de Engenharia.

Eu e meu marido estamos muito felizes porque nós não tivemos oportunidade para estudar, mas proporcionamos oportunidade para nosso filho.

Todos os dias agradeço a Deus por ter uma linda família, sou muito feliz!

Autobiografia IV



Eu, Darci de Carvalho Olin, nascido na cidade de Alvorada do Sul, Paraná, desde novo já tinha que trabalhar com meus pais, nós éramos muito pobres. Meu pai e minha mãe não tinham estudo, nós precisávamos trabalhar na roça, saíamos todos os dias antes que o sol . Trabalhávamos, meu pai, minha mãe e eu.

Minha mãe é mãe de onze filhos, o mais velho sou eu e desde muito criança tinha que trabalhar para ajudar a tratar dos outros irmãos que ficavam em casa. Nós morávamos em uma cidadezinha chamada Santa Margarida.

Naquela época, foi a pior das cidades que eu morei, naquele tempo nós passávamos muita fome. Eu e minha mãe saíamos todos os dias sem levar almoço, a gente passava o dia comendo pão e procurávamos frutas no meio da lavoura, e todos os dias nós pegávamos o dinheiro para comprar comida para fazer a janta para os meus irmãos que ficavam em casa.

A nossa vida veio a melhorar quando nós viemos embora para uma cidade no estado de Minas Gerais. Nós não ficamos bem de vida, mas não passamos mais fome na nossa vida até os dias de hoje.

domingo, 9 de outubro de 2011

   

Um olhar e um sorriso

                           
     Quando dou por mim, já estou no carro, correndo como um louco. Sobressalto-me quando um dos jovens que estavam num bar, grita: “Calma, vovô!” Este balde d’água  fria arrefece minha febre de amor.Completei sessenta  anos há uma semana, filhos, netos, genro e nora vieram, foi meu primeiro aniversário sem Catarina, companheira por 37 anos que o câncer levou.
     Agora este novo sentimento tirando-me o juízo. Ela, uma jovem universitária, eu, seu professor de Economia. Devo admitir para minha defesa que resisti bravamente, mas aqueles olhos cor de mel...
     “Oi, Léo, aqui! Ponha o carro na vaga de sempre e suba”, grita Marisa da janela do apê. Embora assustado com esta nova situação, sinto-me feliz, há menos de um ano, um velho viúvo que esperava apenas sua aposentadoria, uns chinelos, um pijama e jornal diário na tevê, e agora, fico até meio sem jeito ao confessar: perdidamente apaixonado por uma menina de dezenove anos!
     Ela me espera na porta, sinto algo de diferente no ar, não combinamos sair, mas Marisa está bem arrumada. Ouço barulho dentro do apartamento.
    _Você está com alguém?
     _ Surpresa!
     Meu coração acelera, minhas pernas tremem, a jovem percebe minha agitação.
     _ Relaxe, venha, entre!
     Estou aturdido. E essa agora de surpresa? Até aqui tudo foi secreto, sabe... Namoro meio adolescente. É claro que algumas pessoas desconfiam, mas isto até dá um toque especial na coisa, eu acho.
     Entro e vislumbro no fundo da sala uma silhueta feminina.
    _Vó Greyce, este é o Leonardo.
    Uma simpática senhora se levanta e me estende a mão sorrindo.
    Estou sem fala. Ela me olha doce e firmemente à espera de um movimento meu.
     _ Prazer, senhora, como vai?
     _ Ora, deixe disto, trate-me por Greyce, pode ser?
     _Vovó estava ansiosa para conhecê-lo, está cansada de me ouvir falar de você, Léo, ela está dando a maior força pra gente, não é, vó?
     Greyce assente com a cabeça e a noite segue maravilhosa, boa conversa e empatia imediata, agora estou relaxado e gostando da surpresa. A avó de Marisa tem um sorriso encantador, ninguém lhe daria os sessenta e sete anos que tem.
     _Por que não trouxe o esposo?
     _Ah! Sou divorciada há dez anos, moro sozinha num apartamento no Jardim Irajá, conhece?
     Não consigo prestar muita atenção no que ela diz. Sei que Marisa está feliz, traz um café e ficamos conversando mais um pouco. Olho pro relógio e não acredito, a hora voou, já é quase meia-noite. Tenho que ir, faço gestos neste sentido, mas Greyce segura levemente meu pulso e diz ao meu ouvido, enquanto meu amorzinho leva as xícaras para a cozinha:
     _Deixe seu celular, pode ser?
     Pode ser? Não, não pode! Devo estar sonhando. Que nada! Ela aperta mais forte e já está com seu celular pra registrar meu número. Fazer o quê? Passo.
     Despeço-me , saio meio zonzo e no caminho vou pensando: ‘Puxa, meu fim evidente era só atar as duas pontas da vida e restaurar na velhice a adolescência’. E essa agora?
     Preparo-me pra dormir, o celular ilumina o quarto, uma mensagem: “Oi, Leonardo, desculpe-me pela ousadia, sinto pela minha neta, mas você mexeu comigo, me liga?”
     E agora? Reviro na cama e fico pensando: Olhos cor de mel ou sorriso encantador?

Adalto Paceli



Autobiografia III




Meu nome é Wilson Paula Valentim, nasci na cidade de Passos, MG, fui uma criança muito pobre , cresci brincando de bola e nadando na lagoa. Logo aos sete anos, fui estudar e trabalhar por meio período, morei na roça dos três aos dezessete anos.

Por volta de 1968, mudamos de volta para Passos. Lá eu recomecei a estudar, fui fazer ( admissão) no Educandário, mas parei logo para continuar trabalhando na roça.

Aos 18 anos fui trabalhar como auxiliar  de escritório, numa usina de Furnas, ficando por 2 anos. Já em 1976, vim pra Ribeirão Preto para trabalhar como servente de pedreiro na construção do Hospital das Clínicas.

Em 1977,  já estava de volta a Passos, onde eu fiz um curso de garçom e Barman. Ao terminar o curso, voltei a Ribeirão Preto, cheguei aqui em 1978 e fui trabalhar num hotel 5 estrelas, minha alegria era imensa. Imaginem, eu trabalhava na roça e de servente de pedreiro.

Em 1983, aconteceu uma coisa terrível, recebi um telefonema de Passos dizendo que minha querida mãe havia falecido, o choque foi tão forte, que cheguei a perder o chão. Agora, em 2011, eu penso, cheguei com uma mala pequena, com poucas roupas, se eu quiser voltar a Minas, tenho que levar mudança e vender alguns bens.

Autobiografia II



Eu, José Roberto Pereira, nascido em 05 de abril de 1973, natural de Ribeirão Preto, distrito de Bonfim Paulista, sou de uma família muito simples e humilde, tenho sete irmãos, sou o quinto filho. Minha infância foi muito difícil, pois nós morávamos em um barraco feito de tábua e plástico, não tinha esgoto nem água encanada.

Trabalho desde meus onze anos de idade, comecei na roça com meu pai, fomos batalhando até conseguir construir uma casa de tijolos, fiquei feliz e ao mesmo tempo triste, porque neste mesmo tempo perdi minha mãe, que foi morar com Deus.

Aos quinze anos, fui morar sozinho. Nesse tempo, fiz amizade com umas más companhias e quase fui pro caminho errado, mas eu sempre tive e tenho Deus no coração, por isso que Ele colocou uma pessoa muito especial na minha vida, que é a minha esposa.

Ela se chama Alessandra, temos dois filhos maravilhosos, Alan e Daiane. Antes desses dois filhos, eu tenho um terceiro filho, Leonardo, que é o mais velho, minha esposa o tem como se fosse seu próprio filho.

Hoje, com 38 anos, voltei a estudar e estou feliz, fiz novas amizades e pretendo terminar os meus estudos e me formar para eletricista, que é o que eu gosto de fazer. Eu já me sinto realizado, pois minha família é uma bênção de Deus.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Autobiografia

Autobiografia



     Eu, Wellington José Vieira, nasci na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tenho 34 anos e sou filho de Edmundo José Vieira e de Maria aparecida Fragoso.

     Quando completei seis anos, os meus pais se divorciaram e fui morar na casa dos meus avós maternos, no bairro Adão do Carmo Leonel, junto com minha mãe e com minha irmã mais nova.

     Lá eu tinha muitos amigos, brincávamos muito no riozinho durante o dia e na rua com várias brincadeiras à noite. Foi uma infância muito proveitosa. Por vontade de minha avó paterna, Regina, fui morar com ela e com meu pai. Ela cuidava de mim como se fosse minha mãe.

    O meu pai trabalhava muito, por isso não tínhamos muito tempo juntos e quando tinha oportunidade me ensinava as lições da escola. Com doze anos, passei por uma experiência muito triste, que foi a morte do meu querido pai que tanto amo. Já na adolescência comecei a trabalhar e não ia mais à escola. Naquele tempo minha avó e minha mãe brigavam comigo para que eu voltasse a estudar, mas não adiantou.

     Algum tempo depois, essa minha avó faleceu e também sofri muito. Voltei a morar com minha mãe e hoje estou estudando. Sou um profissional de mecânica diesel e trabalho em uma distribuidora de turbinas, chamada Turboluz.

     Depois de viver tudo isso, me encontrei em minha religião Católica, onde Jesus Cristo é o meu Senhor e estou noivo com a Renata, a qual namoro há 10 anos. Meu sonho é terminar os estudos, me casar e constituir uma família na graça do Senhor.
Autobiografia



     Eu, Wellington José Vieira, nasci na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tenho 34 anos e sou filho de Edmundo José Vieira e de Maria aparecida Fragoso.

     Quando completei seis anos, os meus pais se divorciaram e fui morar na casa dos meus avós maternos, no bairro Adão do Carmo Leonel, junto com minha mãe e com minha irmã mais nova.

     Lá eu tinha muitos amigos, brincávamos muito no riozinho durante o dia e na rua com várias brincadeiras à noite. Foi uma infância muito proveitosa. Por vontade de minha avó paterna, Regina, fui morar com ela e com meu pai. Ela cuidava de mim como se fosse minha mãe.

    O meu pai trabalhava muito, por isso não tínhamos muito tempo juntos e quando tinha oportunidade me ensinava as lições da escola. Com doze anos, passei por uma experiência muito triste, que foi a morte do meu querido pai que tanto amo. Já na adolescência comecei a trabalhar e não ia mais à escola. Naquele tempo minha avó e minha mãe brigavam comigo para que eu voltasse a estudar, mas não adiantou.

     Algum tempo depois, essa minha avó faleceu e também sofri muito. Voltei a morar com minha mãe e hoje estou estudando. Sou um profissional de mecânica diesel e trabalho em uma distribuidora de turbinas, chamada Turboluz.

     Depois de viver tudo isso, me encontrei em minha religião Católica, onde Jesus Cristo é o meu Senhor e estou noivo com a Renata, a qual namoro há 10 anos. Meu sonho é terminar os estudos, me casar e constituir uma família na graça do Senhor.

Autobiografias

Estou trabalhando com os alunos da 5ª Série da EJA autobiografias, publico algumas que eles escreveram, são belas histórias com exemplos de superação.
Um abraço,
Adalto.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Comentário

     Postei recentemente dois textos de alunos, estou divulgando este blog e acredito que, aos poucos eles acessem mais e assim se disponham a escrever para publicarmos aqui.
     Gostaria de ler seu comentário, sua crítica, para melhorar este espaço das letras. O que me move é divulgar as ideias e criatividade de todos por meio das palavras e abrir um clarão para que percebamos cada vez mais que nada substitui a profundidade o texto escrito.
     Um abraço,

Adalto

domingo, 4 de setembro de 2011

O Curso

O Curso




     O despertador toca, sem ânimo coloca os pés pra fora, calça os chinelos e ainda tonta de sono vai ao banheiro. É sábado e chove, seu marido ronca. Não quer acreditar que, tendo de trabalhar arduamente durante toda a semana, ainda resta o tal curso de capacitação.
     No fundo da sala, tentando prestar atenção à aula, subitamente pensa num antigo namorado. “Ah, o Ronaldo! Aquilo sim que era homem, com ele passaria todos os sábados chuvosos sem reclamar.”
     Subitamente, a professora, quase a matando de susto pergunta:
     _ Então, Marta, você concorda com esta teoria de Rousseau?
     O ex nesta hora já está longe de seus pensamentos, deixando-a só e sem ter o que falar. Mas a professora com seu olhar inquisidor não desiste, é preciso dizer alguma coisa e bem rápido.
     _ Muito significativa, dos teóricos é o que mais aprecio. E a senhora, gosta também?
     Por sorte, o sinal toca e todos ruidosamente saem para o lanche. Ela, porém, fica na sala pensando em Rousseau, especificamente na parte em que ele afirma que o homem é produto do meio.
     Conclui que o marido é, definitivamente, de um meio bem diferente do de seu eterno Ronaldão...

Adalto Paceli
Portablidade

     Esta palavra soa estranha  e mais estranho é o que acontece com o sistema de telefonia celular no Brasil. Custa muito caro falar ao celular. E isto torna-se tão evidente quando refletimos na quantidade de promoções lançadas pelas provedoras na mídia. Pensamos, se há tanta possibilidade de dar brindes, facilidades e descontos é porque tem muita gordura a ser queimada.
     O pior, no entanto, é o desconto oferecido para as chamadas dentro de uma mesma operadora, ou seja, "Claro para Claro; Tim para Tim, dentre outras. Com a tal portabilidade não temos como saber se o número para o qual vamos discar pertence à nossa provedora ou se o seu usuário mudou de prestadora, mas continuou com o mesmo número da anterior.
     Temos também aqui um paradoxo, embora seja muito caro falar ao celular, o brasileiro usa e abusa deste serviço, haja vista os motoristas falando enquanto dirigem em pistas de grande movimento, os jovens, com seus moderníssimos aparelhos de celular, falando nos shoppings e nas vias públicas, só para exemplificar, pois estar ao telefone celular virou modismo.
     Por que não recionalizarmos? Baixar a tarifa para um valor acessível, para tanto faça-se uma média do que é cobrado internacionalmente pelo serviço. Com esta iniciativa poderíamos utilizar o celular com mais tranquilidade e as operadoras que, na certa, estão tendo enormes lucros, ganhariam um pouco menos de cada usuário, mas teriam em contrapartida, mais clientes e poderiam diminuir suas promoções e propagandas, o que lhes traria mais dividendos.
     Fica nossa modesta e isolada opinião, que em resumo, sugere clareza no valor a ser cobrado pelas operadoras, sem maquiagem e,  o mais difícil, minimizar a banalização do uso do celular, fazendo dele uma ferramenta de bem estar e não objeto de luxo ou autoafirmação.