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Eneida
Tendo lido Odisseia e gostado da narrativa, quis, na sequência, ler Eneida, mesmo sem ter muitos fundamentos para esse gênero. Não imaginava, no entanto, que Eneias, o herói, viesse a ser um fugitivo do cerco, invasão e destruição de Troia.
Tal fuga, segundo a narrativa de Virgílio, deu-se sob a proteção dos deuses que envolveram Eneias, seu filho e seu pai, dentre outros com uma nuvem ou fumaça, possibilitando a escapada e, no futuro, a continuação do povo troiano.
Há de se destacar aqui, que o protagonista de Eneida não nos é apresentado, de início, como vencedor, ao contrário. Porém, isso não impediu que ele fosse o líder de um povo que renasce das cinzas e que, como em toda boa odisseia, passa por inúmeras provações.
Num determinado momento, depois de terem vagado pelo mar por 7 anos, num ato de cansaço, as mulheres desse povo, incitadas por uma deusa ciumenta, protestam tentando incendiar os navios. Outra intervenção divina envia forte chuva, evitando assim a destruição total das embarcações. Pensei que puniriam as mulheres, mas Eneias tem atitude sensata e permite aos cansados e aos que não desejam continuar, ficarem naquela terra de parentes e ele segue com os que tinham sonho de refundar a nação troiana; que se dará onde hoje é a Itália, em especial Roma.
De um vencido vem a vitória!
Embora em muitos pontos hermética, com muitas descrições, muitos nomes e excessivos discursos, foi um desafio agradável ler essa obra, a qual indico, pois nos serve de base para boas leituras vindouras.
Boa leitura!
Adalto Paceli