domingo, 18 de dezembro de 2016



Eneida
Eneida
Tendo lido Odisseia e gostado da narrativa, quis, na sequência, ler Eneida, mesmo sem ter muitos fundamentos para esse gênero. Não imaginava, no entanto, que Eneias, o herói, viesse a ser um fugitivo do cerco, invasão e destruição de Troia. 
Tal fuga, segundo a narrativa de Virgílio, deu-se sob a proteção dos deuses que envolveram Eneias, seu filho e seu pai, dentre outros com uma nuvem ou fumaça, possibilitando a escapada e, no futuro, a continuação do povo troiano. 
Há de se destacar aqui, que o protagonista de Eneida não nos é apresentado, de início, como vencedor, ao contrário. Porém, isso não impediu que ele fosse o líder de um povo que renasce das cinzas e que, como em toda boa odisseia, passa por inúmeras provações. 
Num determinado momento, depois de terem vagado pelo mar por 7 anos, num ato de cansaço, as mulheres desse povo, incitadas por uma deusa ciumenta, protestam tentando incendiar os navios. Outra intervenção divina envia forte chuva, evitando assim a destruição total das embarcações. Pensei que puniriam as mulheres, mas Eneias tem atitude sensata e permite aos cansados e aos que não desejam continuar, ficarem naquela terra de parentes e ele segue com os que tinham sonho de refundar a nação troiana; que se dará onde hoje é a Itália, em especial Roma.
De um vencido vem a vitória!
Embora em muitos pontos hermética, com muitas descrições, muitos nomes e excessivos discursos, foi um desafio agradável ler essa obra, a qual indico, pois nos serve de base para boas leituras vindouras.
Boa leitura!

Adalto Paceli

domingo, 11 de dezembro de 2016

A vida é amável!
Dizia minha tia,
irmã de minha vó.
Mamãe isso repetia
Como um mantra.
Eu achava lindo,
Ficava reflexivo,
aos poucos acreditava,
nessa verdade que em mim se incorporava.
Aprendi aos poucos da vida gostar.
Apreciar as flores, as árvores, a água de um regato correndo.
Agora tento,
é difícil, já vou adiantar,
um palavrão de poucas letras evitar.
Essa palavrinha-palavrão é uma desmancha prazer,
pode “crê”!
Pensando bem, vou trocá-la por um
e.
Já maduro, só aumenta em mim
a vontade de viver,
sabe por quê?
Ora, porque a vida é amável,
Ninguém quer, de verdade, morrer!
Sabe quando o sol queima a pele da gente
E um não sei quê vem de dentro.
Arrepia e sem querer, a gente sente
uma coisa doida?
Isso é vontade de viver!
Então se cantarola, ri, dá uns passinhos de dança
No meio da rua.
E se vier uma fina chuva?
Hum... Viver é bom à beça.
Tá comichando, aquele palavrão quer sair.
Não! Nesse poema só vale o
e!
Os amigos, o sorriso deles?
O abraço apertado?
No olhar, a cumplicidade,
história de amor longínqua,
chamada, por convenção,
de amizade.
O gargalhar de um amigo é como
águas de uma cachoeira a descer,
respinga na gente, refresca a alma,
Faz nossa força renascer.
A vida é amável,
Dizia minha tia,
Irmã de minha vó.
Viu, consegui,
Só falei de coisas boas.
E só falei o “palavrãozinho”
e.
O outro de lado deixei.
Pensando bem, vou usá-lo,
Só vou acrescentar um
i.
O que eu quero é viver
mais
e
mais!
Adalto Paceli

Dilma


É mulher, 

mas não é mulher qualquer!

É de fibra,

É fortaleza!

Sabe o que quer.


Sabe seu lugar e não se rende à pressão,

segue seu coração!


_Mulheres, onde vocês estão?

Como podem permitir tamanha perseguição?

Cadê o senso feminino,

a delicadeza do olhar,

que não lança sequer um, mesmo de relance,

para essa mulher?


Cadê o pobre, o assalariado?

 Será que não entende?

-Meu povo, ela é mulher, é líder, foi eleita, é presidente!


-Direita, machistas, elitistas, vocês também são brasileiros.

Como permitir tal ignomínia,

extrema covardia, estúpida perseguição!?



domingo, 19 de junho de 2016

O buraco da agulha



O Buraco da Agulha

A Segunda Guerra Mundial está em seus momentos decisivos, um homem pacato vive em Londres e está acima de qualquer suspeita, sera? Na verdade, é Die Nadal, um espião da total confiança de Hitler que vive como Faber na capital inglesa. Sua missão é descobrir se realmente os Aliados têm o arsenal bélico que dizem ter.
Mas essa é só a ponta do iceberg, pois Ken Follet, escritor britânico se mostra um mestre na arte de escrever, vai do alto suspense à descrição de detalhes que o denunciam como profundo conhecedor do assunto. Alia-se a isso, a criação de personagens consistentes com situações e diálogos que nos prendem, pois há ação, honra, amor e coragem, tudo isso misturado a um eletrizante clima de mistério.
O autor desse best seller, nos apresenta vários cenários e durante a narrativa, vai alternando entre um e outro, deixando o romance dinâmico e atraente.
Aí vai a dica.



Professor Adalto - professorpaceli.blogspot.com



sábado, 11 de junho de 2016

Depois do vinho




 Baco,




Não sei onde estou
Onde fico ou aonde vou!
Se  ao Tártaro
Ou na Terra fico,
No espaço talvez ...



Mas onde encontrar quem fui?
Cadê Mariliz, aquela que tem porte de atriz
Quase minha amiga
E que agora se foi
Por caminhos que não sei.




Sei que triste ando,
 Por onde andam
Rodrigo e Fernando?
  Coração aberto, riso largo.
Sei que contemplando a vida
 Não consigo atinar
 com o que há de vir 
nesses meus cinquenta e quatro.


Oh, juventude que atravessa meus caminhos
Feito canteiros de flores e espinhos.
Por onde anda Mariliz?
Sim, a que tem porte de atriz
Que tocava piano e que parece ser feliz.
Sim, aquela que quando ao sol seu cabelo lembra mel
E que agora busca novos caminhos.

Fico aqui nesse plano, morrendo de frio nesse apartamento,
Sinceridade? Tem vezes que não aguento
Vem- me a vontade de colocar a cara na janela
E gritar aos sete ventos: 
Oh, mamãe, cadê você?
Ô maninha, cadê você?
Por que foram tão cedo?

Não quiseram esperar um café?
Que pena,  o que pensava defeito deixou saudade.
Voltem! Eu sei, ele não deixa!
Esse inimigo-amigo tempo
Que nos separa de quem amamos
E que nos ajuda a esquecer e continuar vivendo.

Restam ainda o ar, o sol, os pensamentos,
a música, meus livros, meus filhos,
os amigos sem “meus”.

Ah, e Meu Bem,
Ainda bem, por que senão,
Como continuar vivendo?

Adalto Paceli



quarta-feira, 8 de junho de 2016

O leitor do trem das 6h27


O Leitor Do Trem Das 6h27

Caso você me perguntasse como saber se um livro é ou não literatura, como fez uma colega professora, eu não daria  resposta de chofre, pois a questão é delicada por leitura ser algo muito pessoal. Há uma moderna corrente que afirma que o importante é ler, não digo que estão totalmente errados. Quantos de nós passamos a ser leitores ao travarmos contato com livros bem simplórios, ou mesmo gibis, e para os da minha geração, ih, que vergonha! fotonovelas, pronto, falei!
Há aqueles livros que nos prendem pela história, o enredo é instigante, queremos saber o que vai acontecer logo em seguida, e assim os lemos rapidamente e logo queremos ler mais um com outra história eletrizante, isso também é válido, não é? É bom ler um livro com uma história que flui. Esses são do estilo dos do Nicholas Sparks, estou lendo paralelamente com outro, um deles "Um homem de sorte", já li outros, dos quais já comentei em outros textos.
Alguns metidos a intelectuais que vivem criticando este ou aquele gênero literário, isso é preconceito, cada um lê o que quiser, uma categoria bem criticada é a dos livros de auto-ajuda, a exemplo dos do Augusto Cury, confesso que li alguns dele e foi válido.
No entanto, há uma categoria de livros que nos prendem pelo que não dizem diretamente, pelo que está nas entrelinhas, nas figuras de linguagem e que pedem que de repente paremos a leitura e digamos "Que lindo", "Isso mexeu comigo", "Também sinto essas coisas". Ou depois que lemos um capítulo, ou o livro todo, nos pegamos pensando numa coisa que foi dita ou que aconteceu na história e esses pensamentos vão nos envolvendo, misturando às vezes com outra leitura. Dentre esses estão Memórias Póstumas de Brás Cubas; Dom Casmurro; Zorba, o grego; O pequeno príncipe; Dom Quixote, dentre outros.
Gostaria de incluir nessa categoria O leitor do trem das 6h27, o autor é um francês quarentão e tipo galã - Jean Paul Didierlaurent. Um livro que, a princípio, parece despretensioso, mas é nisso que ele nos prende, pois atingir a simplicidade não é tarefa simples na arte de escrever, conta a história de Guylain, um cara pacato que trabalha numa usina de reciclagem de livros e que adora pegar às escondidas as folhas que escapam da máquina de reciclagem para lê-las em voz alta no trem que o conduz ao trabalho e os demais passageiros adoram ouvi-lo. 
Mas essa é só a ponta do iceberg, o livro entra por veredas de amizade, otimismo, fidelidade, paciência e por outros singelos caminhos que vão facilmente ganhando o coração do leitor.
Aqui vai mais essa dica.

Adalto Paceli de Oliveira



domingo, 29 de maio de 2016

Coisinhas


Felicidade se acha em horinhas de descuido. ( Guimarães Rosa )

Chorar com uma mãe, em sala de aula, o filho espancado pelo pai.

Uma sobrinha distante em sua primeira festa de aniversário, aos 33 anos, alegre feito criança.

O garoto associar os tubos dos astronautas da Chálenger ao tubo na garganta de seu pai e acreditar que esse não morrera, mas que fora explorar estrelas. ( O leitor do trem das 6h27 )

Júlia, ao final de minha leitura sobre T'ô, a menina cega, cujo pai morrera na guerra, enxugar as lágrimas. ( Texto, Rumo ao sol ),

Alguém próximo que não consegue se libertar da cocaína e seguir sua vida dignamente.

A colega deprimida que chora com a chave da sala em sua mão por não conseguir abrir a porta.

A amiga que docilmente toma-lhe a chave, abre a porta e a conduz gentilmente para dentro.

A mulher que eu e mais 54 milhões escolheram para presidente ser colocada de escanteio por um monte de corruptos.

Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora, e é por isso que eu gosto lá de fora, porque sei que a falsidade não vigora.

Tristeza: Por que está assim, Violeta? Que borboleta morreu no jardim? ( Guilherme Almeida )

A amizade é uma espécie de amor que nunca morre.   ( Mário Quintana )

...

Adalto Paceli

professorpaceli.blogspot.com

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Outrofobia



Visitando a Internet, "zapeando", vi, por acaso, esse livro e o que chamou minha atenção foi justamente o título do livro "Outrofobia". Fiquei intrigado e quis saber do que se tratava, então adquiri e li.
Alex Castro, um escritor quarentão vindo da classe média alta carioca venceu a inércia do berço de ouro e enxergou no outro um diferente, mas com direitos iguais. Combate com seu discurso e comprovações o racismo, a homofobia, o preconceito contra a mulher e o pobre, apresentando bons argumentos.
No entanto, muita vezes sua fala é um tanto agressiva, pois ele mesmo declara que não tem a intenção de afagar egos, por isso,
caso resolva lê-lo, esteja preparado para se ver em muitas situações em que você se considerava bem situado, mas na verdade, guardava um preconceito não identificado.
É polêmico ao dizer, por exemplo, que o cavalheiro é, na verdade, um machista e a mulher que é alvo dessas mesuras está em condição de submissão.
Concluindo veio-me um pensamento: "O mundo ama seu lodo e não quer que o agitemos” ( Dostoievsky ).
Aí vai outra sugestão de leitura!
Um abraço,

Adalto Paceli

domingo, 10 de abril de 2016


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A invenção 
de Hugo Cabret







     Há alguns anos assisti ao filme no cinema e fiquei encantado com a história, os diálogos e cenas, os atores mirins que interpretaram Hugo e Isabelli são carismáticos. Enfim, o filme cativou-me, mas ficou adormecido em mim.
Algum tempo depois, adquiri o DVD e há poucos dias, num projeto com o 7º ano de produção de resumos, passei esse filme para os alunos e, pelo que percebi, gostaram muito.
     A história tem como um dos personagens principais, George Mèliès, um grande mágico do início do século XX que  conheceu os irmão Lumièri, por vezes considerados os inventores do cinema, nesse encontro apaixona-se pela 8ª arte à qual passa a dedicar sua vida...
Hugo, cuja mãe morreu em seu parto, fica órfão de pai aos 12 anos e vai morar com seu tio Claude, que era ótimo relojoeiro, mas também alcoólatra. Esse tio consertava e acertava os relógios de estação ferroviária de Paris e ensina esse ofício ao garoto...
Resultado de imagem para capa do livro a invenção de hugo cabret     Até então eu não conhecia o livro homônimo, Alan, um aluno, comentou sobre a obra em sala e a ofertou-me. Gente, se o filme é encantador, essa edição do livro, cuja capa está fotografada com esse texto, é mais ainda. Talvez alguém perguntaria o porquê, e eu responderia, o livro vem com uma sequência verbal e outra visual composta de grafites lindíssimos. Então você lê e vai curtindo uma sequência maravilhosa de imagens, ampliando ainda mais o universo mágico da obra...
     Há uma pergunta recorrente quando o assunto é livro x filme, qual é melhor? Caso os dois sejam bem feitos, como é o caso da Invenção de Hugo Cabret, ambos agradam, igualmente. Apenas uma nota geral para essa dualidade: A história é a mesma, a maneira de contá-la é que se altera, numa temos a linguagem literária, que quando apenas verbal, nos obriga a ampliar nossos sentidos para entrar na história; a outra é a linguagem fílmica, que nos traz dois sentidos, o visual e o auditivo, os quais podemos ampliar, conforme nosso interesse pelo que está sendo contado.
     Imaginei você lendo o livro em voz alta para alguém e, à medida que lê, vai passando as páginas com os grafites reforçando as cenas narradas, seria um momento mágico, não? Aí vai a dica.

Abraço,

Professor Adalto Paceli


Professorpaceli.blogspot.com



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Dilma


É mulher, 

mas não é mulher qualquer!

É de fibra,

É fortaleza!

Sabe o que quer.


Sabe seu lugar e não se rende à pressão,

segue seu coração!


_Mulheres, onde vocês estão?

Como podem permitir tamanha perseguição?

Cadê o senso feminino,

a delicadeza do olhar,

que não lança sequer um, mesmo de relance,

para essa mulher?


Cadê o pobre, o assalariado?

 Será que não entende?

-Meu povo, ela é mulher, é líder, foi eleita, é presidente!


-Direita, machistas, elitistas, vocês também são brasileiros.

Como permitir tal ignomínia,

extrema covardia, estúpida perseguição!?






Adalto Paceli

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ensino que funciona



Com base em pesquisas nos Estados Unidos e com relatos de experiências, acompanhados de gráficos, esse livro trouxe para mim reflexão e enriquecimento, pois embora ressalve logo no início que sua aplicabilidade depende de uma estrutura educacional bem organizada, o que não é o caso das diversas instâncias educacionais brasileiras, é possível apropriar-se das experiências e teorias aqui relatadas e adaptá-las à nossa frágil realidade.
Essa obra traz oito estratégias, como meu texto tem a intenção de ser sintético, me aterei a uma delas, resumir e fazer notas, capítulo  introduzido com um estudo de caso e brevemente indica que "para resumir efetivamente, os alunos precisam eliminar algumas informações, substituir algumas e manter outras". Acrescenta ainda dicas: eliminar o material trivial desnecessário, eliminar material redundante, substituir termos mais abrangentes para mais específicos, selecionar uma sentença principal, ou inventar uma caso ela não exista no texto...
Chamou minha atenção também quando na introdução, os três autores do livro fizerem um análise histórica da educação, lembrando que, a princípio e ainda hoje, ela é vista como arte " A arte de ensinar", mas que a tendência, que já ocorre em diversos níveis, é que a educação seja encarada como uma ciência, "A ciência do ensinar e do aprender". Daí, segundo o livro, a necessidade de se incluir no dia a dia da sala de aula de qualquer disciplina critérios científicos e planejamento.
Enfim, vale a pena debruçar-se sobre essa leitura, ler, reler, anotar e pretendo tê-la no meu dia a dia, informo que o referido estudo fez parte da bibliografia do último concurso de Coordenação e Supervisão da Prefeitura de Ribeirão Preto.
Um abraço,



Adalto Paceli

quinta-feira, 24 de março de 2016

Anjos e demônios

Você assistiu ao filme ou leu o livro O nome da rosa? Nele há toda uma atmosfera de mistério em torno dos acontecimentos em um mosteiro da Idade Média. Pois neste livro de Dan Brown também há esse clima. Sabe, reuniões e símbolos secretos, segredos milenares se misturam com a atualidade. Um novo papa está para ser eleito e Langdon, um cara especialista em símbolos é chamado às pressas à Europa, não ao Vaticano a princípio, mas a um centro de desenvolvimento científico.
Uma nova arma foi descoberta, mais potente que a bomba atômica e tudo indica que ela será usada contra a Igreja Católica. Como geralmente acontece, Langdon não vai partir para essa aventura sozinho, temos uma mocinha na história, não é ingênua como no romantismo, é uma grande cientista.
Os dois partem em busca de um assassino e ladrão, pois roubou essa nova arma e ameaça, dentre outros, os quatro principais cardeais. 
Numa viagem, ao que tudo indica, do bem contra o mal, você viajará com esses e outros personagens, adentrará nos meandros milenares da Igreja e, em muitos momentos torcerá por um final feliz, que talvez não seja o que parecerá ser.
Só um senão, nas ações haverá em alguns momentos um certo exagero, ferindo a verossimilhança, mas isso não tira o brilho do livro, que tem, nessa edição da foto 461 páginas, porém, devido à fluidez da narrativa, você o lerá rapidinho, tenho certeza. Ah, Boa leitura!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O melhor de mim



Você acredita em amor para toda a vida? Acha possível que um amor recíproco pode ser interrompido e depois de muitos anos vir à tona? Caso sua resposta seja sim, indico a leitura do livro de Nicholas Sparks "O melhor de mim". Caso você tenha respondido não, continuo indicando, talvez ele faça você mudar de ideia.
A trama é a seguinte, Amanda é moça de uma família respeitável e Dawson não teve a mesma sorte, sua família é do balacobaco. Então você já sabe, quando os dois começam a namorar é um Deus nos acuda, os pais da moça quase têm um ataque. 
Os nossos "Romeu e Julieta", digo, Amanda e Dawson encontram em Tuck, um velho mecânico, um apoio para seus encontros às escondidas, pois este vê em Dawson bons princípios. Mas os pais da moça dão um ultimato à pobrezinha, ou deixa o rapaz ou não vai para a faculdade.
Nosso herói, enxergando longe, ou seja, a não realização pessoal de sua amada, contra a vontade dela, abre mão do relacionamento. Amanda não tem outra alternativa, vai estudar fora.
O velho amigo do casal morre e agora, vinte anos depois, os dois voltam à cidadezinha de sua juventude para a cerimônia fúnebre. Então a história continua... com um final surpreendente. Quer saber mais? Não posso contar, acho que até contei demais, pois a intenção desse texto é só aguçar sua curiosidade... Boa leitura!


Adalto Paceli

sábado, 20 de fevereiro de 2016

                                                  O HOMEM E A GALINHA

Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Pra que este luxo todo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos sorvete!
Vai que a mulher falou:
– É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
– Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim! – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim. – respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
– Pra que este luxo de dar milho pra galinha? Ela que cate o de-comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido falou.
Aí a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
Ruth Rocha
Igreja e borracharia

Resolveu ler porque achou o título estranho! Acertei? Circulando à noitinha pelo "quase" centro de Ribeirão, precisamente entre as ruas Lafaiete e Amador Bueno, vi há pouco tempo uma pequena igreja se organizando para o início de suas atividades da noite. 
Achei estranho, porque pelo que tinha notado, ali funcionava durante o dia uma borracharia. 
Hoje, como mamãe dizia, tirei a prova dos nove. Lá estava em pleno vapor, ou pleno ar, para ser mais preciso, a tal borracharia.
Aí você já vi. né? Pintou a curiosidade, passei bem devagar para reparar melhor... Engraçado! "Cadê as cadeiras?", pensei com meus botões. E já imaginei que algum vizinho talvez as guardasse para logo mais à noite... Quanto olhei para o teto, ao lado tinha uma pequena plataforma e o que havia nela? Acertou! As cadeiras empilhadas.
Fala a verdade, é ou não é muita criatividade?


Adalto Paceli

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

2ª chance



Lindsay, tenente e protagonista tem a missão de investigar um tiroteio em frente a uma igreja, tudo levava a crer que era mais um daqueles malucos que saem atirando a esmo tentando matar o maior número possível de pessoas. Mas ao aprofundar percebe que havia um alvo previamente determinado e que o tal amalucado era um exímio atirador. Esse é o começo da trama, a detetive tem três amigas que "in off" a auxiliam a desvendar esse e uma série de outros crimes. A legista Claire, a promotora Jill e a repórter Cindy.
Bem escrito, com alguns momentos de enfraquecimento do enredo e exagero nas ações, mas que não tiram o brilho da obra como um todo, a história nos prende, com capítulos curtos que nos permitem aproveitar aqueles breves espaços em nossa rotina para dar sequência na leitura.
Na trama há espaço para sensibilidade, demonstração de amizade e carinho, traumas familiares, mas tudo bem dosado e como pano de fundo, pois o que sobressai é o estilo a la Sherlock Holmes, há um fio condutor na série de assassinatos a serem desvendados muito bem construído pelo autor.
Um detalhe chamou minha atenção: O narrador. Lindsay só é narradora quando está em cena e nos momentos em que "aparece" o assassino temos um outro narrador, pois esse tem de permanecer incógnito, obviamente. Por que chamou minha atenção? Ainda não tinha lido um romance com essa característica. Li com meus alunos em sala de aula O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle, e nesse livro, Watson ( é elementar meu caro Watson... ) é o narrador e, em nenhum momento temos o assassino em cena só para os leitores. Considerei essa sacada muito esperta, claro que isso é novidade para mim, talvez você, leitor, já tenha lido algo assim.
Enfim, pela trama, narrativa e pelo final surpreendente vale a pena ler 2ª chance.


Adalto Paceli

domingo, 31 de janeiro de 2016

Eu sei o que você está pensando


Eu Sei o Que Você Está Pensando

Gurnei trabalhou 25 dos seus 47 anos como detetive e fez carreira brilhante desvendando terríveis casos de assassinatos, inclusive de crimes em séries. Madeleine, sua esposa, esperava que agora aposentado ele prestasse mais atenção nela e numa tentativa de dar novos ares ao relacionamento o convence a se mudarem para uma pequena fazenda. Mas nosso protagonista tem sua mente voltada para sua antiga profissão e isso se acentua quando recebe um telefonema e uma visita de um antigo colega de faculdade, Mark, o qual não via desde que se formara...
De tudo que esse ex-colega lhe conta, o que mais intriga é uma carta que recebeu dentre outras com poemas ameaçadores, na qual pedia que ele pensasse em um número e, em seguida abrisse um envelope menor. Para espanto de todos e, inclusive nosso, o número ali escrito era o mesmo que Mark tinha pensado. Assim, pouco a pouco nosso protagonista Gurnei, misturando seus traumas pessoais e seu casamento em crise vai entrando nesse novo e instigante mistério.
Com 339 páginas e muito bem escrito por John Verdon, que além de personagens bem construídos cria um narrador inteligente, bem humorado, com descrições, cometários e exemplos bem dosados e  interessantes. Destaco uma cena da página 171, em que Gurnei dialoga com seu colega detetive Hardwick. Esse último apresenta argumentos na tentativa de elucidar um crime, mas nosso herói, já estou incluindo você na história, contra-argumenta com mais propriedade. Nesse momento o narrador diz " Hardwick demonstra uma frustração semelhante a alguém tentando segurar as compras dentro de uma sacola rasgada", há outras cenas com espirituosas intervenções do narrador.
Então, se você estiver a fim de ler um livro ao estilo Sherlock Holmes, com uma trama, personagens e narrador bem construídos que lhe prende a atenção porque você quer saber onde a história vai dar, sugiro "Eu sei o que você está pensando".


                                                                                                                          Adalto Paceli de Oliveira

domingo, 24 de janeiro de 2016

Travis é surpreendido por Gabby, sua nova vizinha, que esbravejando vem ao seu encontro, acusando seu cão de ter invadido sua cerca e cruzado com a com sua cachorrinha. Mantendo seu equilíbrio ele consegue perceber que por trás daquela raiva, Gabby esconde outras frustrações e a partir dali, como uma faísca iniciando um incêndio, inicia-se uma paixão irresistível, no entanto, Gabby tem um namorado ...

Com um desfecho surpreendente, A escolha é um livro leve, com alguns momento de descrições exageradas e de lenta narrativa. Indicado para aqueles que querem ler algo fluido e descontraído. Trezentas páginas.



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vicente Golfeto

Há pouco no Jornal da Clube:

Políticos brasileiros, nos três níveis ( municipal, estadual e federal ), independentemente de partido:
Na situação (governo): são pragmáticos ( práticos )
Na oposição: São programáticos ( idealistas )
Obs: o idealista é por nossa conta.
É estimulante termos em Ribeirão Preto um homem tão inteligente quanto esse economista e professor, Sr. Vicente Golfeto.

Adalto Paceli

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Ponto de impacto

Sinopse é um pequeno texto que tem como finalidade nos instigar a ler um livro, assistir a um filme, dentre outros, nos fornecendo informações elementares, mas que despertem nosso interesse. Não pode apresentar elementos que informem demais sobre a história ou tema tratado, por isso deve ser bem dosado. Ao pensar nessa definição lembro-me de uma propaganda televisiva cujo cenário é uma bilheteria de cinema com uma longa fila, nesse momento um garoto passa correndo gritando "a mocinha morre no final", diante disso metade das pessoas que estavam na fila desiste; mas o garoto volta em direção do início da fila gritando "quem matou foi o marido", aí todos desistem do filme.
Isso posto, apresento-lhes o livro Ponto de impacto, 440 páginas, em que Raquel, protagonista da trama, alta funcionária do governo americano, tem a missão de confirmar tecnicamente a descoberta feita pela NASA de vida extraterrestre. Essa confirmação alavancaria a reeleição do presidente e poderia provocar a derrocada do candidato oposicionista, que fragilizando a trama, é seu pai.
Pois bem, há leitores que fogem da ficção e alegam para tal que são pragmáticos e não querem perder tempo com invencionices. E você? Acredita que possa haver aquisição de conhecimento na ficção? Eu acredito. A verossimilhança exige um mínimo de verdade e proximidade com a realidade. Esse livro, obra de ficção, é repleto de informações, pontos de vista, questões morais, dentre outros. Ao lê-lo imaginei meus colegas de ciências e biologia, políticos, jovens que curtem ficção científica e aventura lendo. Imaginei você lendo.
Há um porém, considero que a leitura de um livro se parece com fazer amigos e conservar a amizade, explico, muitas vezes nossos amigos, por mais que gostemos deles, não nos agradam, exigem de nós muita paciência e humildade para preservamos essa amizade. Um livro, muitas vezes, no início é muito interessante, mas pode em determinado momento ficar chato, mas se perseverarmos, ele pode melhorar e nos surpreender. A isso denominamos ir fundo na leitura. Pode acontecer, assim como nos relacionamento, do livro ser uma porcaria mesmo, mas até para sabermos disso precisamos lê-lo.
Enfim, se você gosta como eu de variar suas leituras e quer uma história dinâmica e até mesmo eletrizante, aí vai mais essa dica.

Adalto Paceli

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O monge e o executivo



A julgar pelo título podemos nos levar a concluir que seja destinado a grandes empresários, gerentes ou àqueles com grande poder de decisão e comando, mas não. Esse livro é para todos, independentemente da profissão ou do cargo que ocupem, pois nos fala basicamente de relacionamentos. Uma parte interessante é quando o autor diferencia poder de autoridade, esclarecendo que o poder pode ser dado, imposto, hereditário; porém a autoridade é construída pela pessoa, é inerente ao ser humano. O roteiro é enriquecido com dinâmicas de diálogos e fechamentos feitos pelo monge, esse a que se refere o título, que foi um grande líder empresarial que, quando mais velho passa a morar num mosteiro e dá seminários sobre liderança. Já o executivo é o narrador, que em crise, resolve fazer esse seminário ou retiro de uma semana. Enquanto lia pude refletir sobre minha profissão, nas minhas deficiências e como corrigi-las. Outra parte que me interessou foi a intervenção de uma dos integrantes do retiro citando a importância de estarmos sempre estabelecendo contatos positivos com as pessoas em geral. Capítulos divididos conforme os dias do retiro, a leitura é interessante, não é doutrinador, é antes, reflexivo. Aí vai a dica!


Adalto Paceli

sábado, 2 de janeiro de 2016

Cabeça a prêmio

     Quer ler um livro que te prenda? Daqueles que você começa a ler e não quer parar mais? Então eu sugiro o livro de Marçal Aquino "Cabeça a prêmio", editora Cosac e Naif. Quando mais jovem, li um livro de Aghata Christie. Gente! Eu não conseguia largar o livro, era muito instigante. Você já viveu uma experiência assim? Olha, Cabeça a prêmio não é para puritanos, às vezes, o vocabulário é um pouco chulo, mas faz parte do universo da história, que é sobre um matador de aluguel. Não desista por considerar o tema por demais violento ou desagradável, pois são criadas situações que revelam nossas fragilidades, a ganância e, em muitas partes, os diálogos, embora à primeira vista, grosseiros, trazem em si a solidão, a carência, a importância do amor e do companheirismo. Agora o mais interessante, é de leitura rápida, são só 189 páginas, incluindo as ilustrações. 
     Já sei, quer uma palinha, não é? Brito, matador de aluguel, é o protagonista e Marlene, seu amor. Em meio a esse relacionamento há uma série de flashbacks, um jogo de cenas quase cinematográficas com inserção repentina de personagens, exigindo acuidade do leitor para não se perder nessa dinâmica. A história em si é simples, o que nos segura é essa dinâmica de cenas e personagens e a beleza singela da história. Boa leitura!

Adalto Paceli

professorpaceli.blogspot.com