Meu pai não era papai.
Pegou-me no colo
Queimou meu peito
Com o cigarro de palha.
Ah! Deixe-me ver a marca...
Ih, O tempo apagou!
Riu-se a valer,
O que era raro,
Quando eu disse
Descobri uma nova rádio
no seu rádio!
no seu rádio!
Quis dormir junto com mamãe.
Ele estava em casa.
Disse, sai pra lá, bundudo.
Olhei pra trás, magoado...
Ainda olho aquele olhar...
Doutra feita, já moço:
Pai, esta garrafa não esquenta.
Claro, garrafa não esquenta,
Conserva.
Conservei estas lembranças.
Meu pai não era papai,
Mas era meu pai.
Adalto Paceli
Nenhum comentário:
Postar um comentário